Cotidiano

8 de janeiro: havia plano para prender e enfocar Alexandre de Moraes. Assista

Ministro do Supremo Tribunal Federal contou, em entrevista ao jornal O Globo, quais eram os planos de pessoas que participaram do 8 de janeiro

por: NOVO Notícias

Publicado 4 de janeiro de 2024 às 17:05

Um dos planos discutidos no 8  de janeiro incluía prender e enforcar Alexandre de Moraes. Foto: Carlos Moura/SCO/STF

Um dos planos discutidos no 8 de janeiro incluía prender e enforcar Alexandre de Moraes. Foto: Carlos Moura/SCO/STF

Os terroristas do 8 de janeiro discutiram um plano que previa prender e enforcar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A informação foi revelada pelo próprio ministro em entrevista ao jornal O Globo, nesta quinta-feira (4). 

De acordo com o ministro, no dia em que uma série de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro tentaram invadir o Congresso, havia uma série de planos contra ele. Um deles, o “mais exaltado”, como classificou, defendia que Moraes deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes. Esse plano, segundo o ministro, incluía a participação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que monitorava seus passos.

Ainda segundo o ministro do STF, existiam outros dois planos que envolviam sua prisão diretamente. Assista o vídeo feito pelo jornal O Globo:

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou, em entrevista à GloboNews, que a PF já investigava os responsáveis pelo plano que envolvia enforcar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nos atos golpistas do dia de 8 de janeiro. Sem dar maiores detalhes, Andrei Rodrigues disse que os responsáveis já podem ser identificados e que a PF está debruçada sobre o tema.

Segundo Andrei Rodrigues, o monitoramento de Moraes por parte da Abin foi feito de maneira indevida e ilegal. O uso de uma ferramenta para acompanhá-lo, continuou, “em nenhuma hipótese poderia estar sendo usada por uma agência que não tem atribuição legal”. Andrei Rodrigues afirmou que existe uma investigação para apontar os responsáveis por esse monitoramento.

Sobre o plano contra Moraes, ele afirmou que essa é uma situação “absolutamente grave”. O plano foi descoberto, afirmou, por meio de trocas de mensagens que são investigadas e que é possível a identificação das pessoas envolvidas. O diretor, no entanto, não deu maiores detalhes sobre os responsáveis.

O diretor também defendeu, durante a entrevista, a regulação das mídias sociais. “O que é crime no mundo real é crime no mundo virtual”, disse o diretor. “É imperioso que se tenha, a exemplo do que a União Europeia tem, uma regulação das redes sociais” disse.

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Ministro da Justiça considera planos contra Alexandre de Moraes como gravíssimos

O ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, comentou nesta quinta-feira (4), em Brasília, que o suposto plano para enforcar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), é gravíssimo e inaceitável e que as investigações devem ir até “as últimas consequências” para punir os responsáveis.

Em conversa com jornalistas nessa quinta-feira (4), Cappelli afirmou que a existência desse suposto plano revela a gravidade do que estava em curso no Brasil. “Gravíssimo e inaceitável cogitarem atentar contra a vida de um ministro da Suprema Corte do Brasil”, afirmou.

O ministro interino da Justiça acrescentou que essa informação será apurada e levada às últimas consequências para descobrir os autores do suposto plano de prisão e assassinato do ministro do STF.

“O plano contra o ministro Alexandre de Moraes indigna todos os democratas. Iremos às últimas consequências para identificar e punir todos os responsáveis. [Eles] acertarão suas contas com a Justiça e com a história”, afirmou Cappelli em uma rede social.

No dia 8 de janeiro de 2023, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, inconformados com o resultado da eleição presidencial de 2022, invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, pedindo um golpe militar no Brasil. O ministro Alexandre de Moraes era um dos principais alvos das manifestações golpistas iniciadas após o segundo turno da eleição de outubro de 2022.

 

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