Economia

Volume de vendas no RN se mantém estável em abril com movimento de R$ 11,7 bilhões

O comércio varejista apresentou um crescimento de 8% no quarto mês do ano, enquanto as atividades do setor industrial e de revenda de combustíveis apresentaram queda no período

por: NOVO Notícias

Publicado 19 de maio de 2023 às 06:40

Foto: Carlos Azevedo/NOVO Notícias

A movimentação econômica no Rio Grande do Norte em abril de 2023 apresentou resultado semelhante ao registrado no quarto mês do ano passado. O volume de vendas atingiu mais de R$ 11,7 bilhões faturados no mês passado, valor semelhante ao movimentado em abril de 2022.

No primeiro quadrimestre, as vendas no estado já acumulam um montante de R$ 48,6 bilhões comercializados, o que representa um crescimento de 8,4% no comparativo com o mesmo intervalo do ano passado, quando as vendas chegaram a um volume de R$ 44,8 bilhões.

Os números são da Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN), que divulgou, nesta quinta-feira (18), a 42ª Edição do boletim de atividades econômicas da receita estadual42ª Edição do boletim de atividades econômicas da receita estadual, um informativo contendo os principais indicadores que medem o desempenho da economia potiguar e dos setores produtivos.

De acordo com monitoramento da fazenda estadual, o comércio varejista foi o setor que obteve melhor faturamento em abril. As vendas cresceram cerca de 8% no comparativo com igual mês do ano passado, totalizando R$ 3,1 bilhões faturados pelas empresas do segmento. Já o setor atacadista foi o que registrou o segundo melhor volume de vendas: mais de R$ 2 bilhões, o que representa um aumento de 3,6% em relação a abril de 2022.

Apesar desse avanço nos dois principais setores ligados ao comércio, outras atividades tiveram retração no quarto mês de 2023. É o caso do setor industrial, que diminuiu o ritmo em abril. Tanto a indústria de transformação quanto a indústria extrativista tiveram quedas nas vendas. A primeira obteve um faturamento total no mês de R$ 1,57 bilhão – meio ponto percentual a menos que em abril do ano passado – e a extrativista R$ 294 milhões. Isso representa uma queda de 0,8% nas atividades extrativistas no comparativo com o mesmo mês do ano passado.

Entretanto, a redução for maior no setor de revenda e distribuição de combustíveis, cujas vendas apresentaram uma queda da ordem de 20,7%. No mês passado, postos e distribuidoras de combustíveis do estado faturaram um total de R$ 1,5 bilhão, contra R$ 1.9 bilhão em igual mês de 2022. O consumo de gasolina no mês passado aumentou em mais de sete milhões de litros, comparando-se com abril de 2022. Já o de diesel caiu de 36 milhões de litros vendidos para 32 milhões de litros no mesmo período.

Arrecadação

O informativo da SET-RN também acompanha a evolução na arrecadação de tributos no estado. Em abril, o volume total de receitas próprias chegou a R$ 665 milhões recolhidos no mês. O resultado equivale a um aumento nominal de 7,1% em relação ao mesmo período de 2022, quando foram arrecadados R$ 621 milhões. o aumento real, no entanto, é bem menor e chega a apenas 2,9%, se for levada em conta a inflação do período. De acordo com o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, acumulou em 12 meses uma alta de 4,18% até abril.

Isso é fruto de um aumento nominal de 6,5% no recolhimento do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), o principal tributo que compõe as receitas estaduais. No mês passado o recolhimento desse tributo chegou a R$ 605 milhões recolhidos, enquanto em 2022 o volume havia sido de R$ 568 milhões em valores nominais. Considerando a inflação, o aumento real na arrecadação do ICMS em abril foi de apenas 2,3%. Ou seja, R$ 25,2 milhões perdidos em função da alta nos preços dos produtos.

O maior aumento no recolhimento desse imposto foi registrado no varejo, cuja alta foi de 28,3% em um ano. A indústria de transformação teve a segunda maior alta no recolhimento de ICMS em abril., com aumento de 16,4%. Já o setor atacadista aparece em seguida, subindo de R$ 99 milhões para R$ 127 milhões no intervalo de 12 meses.

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