Mulher enviava mensagens para parentes e amigos do coronel Roberto Antônio Perdiza como se fosse a vítima para não levantar suspeitas da morte; o plano, de acordo com a Polícia Civil, era se apropriar do apartamento dele
Publicado 27 de março de 2023 às 08:54
Uma garota de programa é a principal suspeita de assassinar Roberto Antônio Perdiza, coronel aposentado da Força Aérea Brasileira (FAB), no Rio Grande do Norte. De acordo com a Polícia Civil, o caso aconteceu em agosto de 2022 em Natal.
Tudo começou quando o coronel e a mulher, identificada como Jerusa, começaram a se relacionar. Ela, de outro estado, teria dito que não tinha onde morar e o Roberto Perdiza ofereceu o próprio apartamento, localizado no bairro de Ponta Negra, para a mulher ficar.
As últimas imagens de Perdiza mostram o coronel deixando seu apartamento para se encontrar Jerusa em um bar no dia 30 de agosto. Uma semana depois, o porteiro do edifício estranhou a ausência do morador e entrou em contato com os familiares do coronel, que moram em São Paulo. No entanto, os familiares do aposentado informaram que estavam recebendo mensagens e fotos dele.
Um advogado conhecido de Perdiza começou a desconfiar da situação quando parou de receber notícias do amigo. Ele chegou a falar com Jerusa para saber o que estava acontecendo, mas ela o informou que os dois estavam bem, e que pediria para o coronel entrar em contato com o amigo. No entanto, mais na frente, o advogado percebeu que havia recebido um áudio antigo de Roberto Perdiza, e contatou a Polícia Civil.
De acordo com a investigação, Jerusa teria contratado um matador de aluguel, identificado pela PC como José Rodrigues, para matar o coronel aposentado e se apropriar do seu apartamento. O crime aconteceu no dia em que Perdiza foi visto pela última vez. O assassino teria se passado por motorista de aluguel e pego o casal na saída de um motel na Praia do Meio.
O corpo foi encontrado três meses depois em avançado estado de decomposição, sem a cabeça e as mãos, em um terreno localizado fora de Natal. Jerusa e José foram presos, acusados de latrocínio (roubo seguido de morte).
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