Brasil

Petrobras testa nova medição eólica offshore no Rio Grande do Norte

Equipamento Bravo 2.0 vai receber investimento total de R$ 11,3 milhões por meio do incentivo em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Aneel

por: NOVO Notícias

Publicado 21 de outubro de 2023 às 17:23

A Petrobras iniciou na quinta-feira (19/10) os testes com um novo equipamento de medição de ventos no Rio Grande do Norte. Batizada de Bravo 2.0 (Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore), a tecnologia recebe investimento de R$ 11,3 milhões por meio do incentivo em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Aneel. É uma evolução de uma tecnologia lançada no ano passado.

O equipamento pesa 7 toneladas, tem 4 metros de diâmetro por 4 metros de altura, e é alimentado por módulos de energia solar fotovoltaica. A campanha de testes e medições, a 20 km da costa do Rio Grande do Norte, vai até março de 2024.

Na nova versão do equipamento, um algoritmo, desenvolvido especialmente para o projeto, permite corrigir as informações coletadas em função das variações de posição provocadas pelas ondulações do mar e correntes marinhas.

O tamanho também foi ampliado para comportar dois sensores Lidar em vez de um. Isso aumenta a coleta dos dados que são transmitidos para um servidor em nuvem, por meio de comunicação via satélite, para serem posteriormente analisados.

A tecnologia está sendo desenvolvida pelo Centro de Pesquisas e Desenvolvimento (Cenpes) em parceria com parceria com os Institutos Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e Sistemas Embarcados (ISI-SE).

A Bravo é um modelo flutuante de Lidar (Light Detection and Ranging), desenvolvido, pela primeira vez, com tecnologia nacional. Trata-se de um sensor óptico que utiliza feixes de laser para medir a velocidade e direção do vento, gerando dados compatíveis ao ambiente de operação das turbinas eólicas.

A bóia também é capaz de captar variáveis meteorológicas, como pressão atmosférica, temperatura do ar e umidade relativa, além de variáveis oceanográficas, a exemplo de ondas e correntes marítimas. Os dados são usados para determinar o potencial de uma área para a produção de energia eólica.

Segundo a estatal, a ideia é criar um outro projeto de P&D para distribuir bóias por diversos pontos da costa brasileira. Em seguida, o objetivo é produzir o equipamento em escala comercial.

As informações coletadas pela boia serão comparadas com dados de referência obtidos por um Lidar fixo, instalado no mesmo terminal, para validar a funcionalidade e confiabilidade das medições do equipamento.

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