Cotidiano

Abandono, insegurança e precariedade afetam estação ferroviária em Natal

Moradores e passageiros de cidade da esperança relatam que a falta de manutenção gera insegurança no local

por: NOVO Notícias

Publicado 21 de agosto de 2023 às 16:00

Estação de Cidade da Esperança: lixo e depredações - Rafael Araújo/NOVO Notícias

Estação de Cidade da Esperança: lixo e depredações – Rafael Araújo/NOVO Notícias

Por dia, 7,8 mil pessoas trafegam pelas 28 estações de trem espalhadas entre as linhas Norte e Sul que operam nas cidades de Natal, Parnamirim, Extremoz e São José de Mipibu. O preço acessível, em comparação aos valores dos ônibus, atrai cada vez mais a população. Os Veículos Leves sobre Trilhos (VLT’s) conectam os principais municípios da região metropolitana, levando milhares de pessoas. Mas em contrapartida, a falta de estrutura nas estações, o acúmulo de lixo e a insegurança no entorno dos locais têm preocupado os usuários e moradores da Estação de Cidade da Esperança, na zona Oeste da capital.

Há mais de 10 anos, o espaço vem sofrendo com o abandono estrutural. Grande parte dos muros no entorno da estação já caíram, seja pelo tempo e falta de reestruturação, ou por atos de vandalismo. No local, não há controle na entrada e os muros praticamente não existem.

Os problemas na estrutura refletem diretamente no dia a dia dos usuários e moradores que utilizam o serviço. Segundo moradores, pessoas em situação de rua, usuários de drogas e até mesmo criminosos se utilizam do espaço para abrigo.

“À noite, ninguém fica mais nas calçadas. Quem precisa esperar o último trem vem para próximo dos moradores da rua. Todo dia, vários [usuários de drogas] utilizam o local. Não tem segurança, os assaltos são constantes. Até o bilheteiro tem medo”, conta o aposentado Luiz Martins.

Outro ponto que precisa de atenção, segundo quem passa todos os dias e utiliza dos VLT’s, é a questão do lixo. Sem os muros para impedir que o acesso seja livre, muitas pessoas utilizam o espaço para descartar resíduos, gerando outros problemas como mau cheiro e infestação de mosquitos.

A dona de casa Darliane Carneiro, de 36 anos, ressaltou os transtornos ocasionados pelo esquecimento da estrutura. “Aqui está abandonado. Não tem cerca, passa bicho, o pessoal utiliza como depósito de lixo, então, fica essa imundície, uma sujeira”.

Além da estrutura da estação, a guarita que antecede o espaço, próximo a Avenida Capitão-Mor Gouveia, também possui problemas estruturais. O espaço que é ocupado diariamente por dois servidores da CBTU está praticamente destruído.

Apesar do estado de depredação atual dos espaços, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos, operadora responsável por prestar serviço em Natal e na região Metropolitana informou que um projeto de recuperação e reestruturação do sistema ferroviário da Grande Natal já foi elaborado. Em relação às guaritas, o projeto prevê que serão demolidas e substituídas por sistemas automatizados de sinalização. Esses sistemas funcionarão a partir de sensores de aproximação instalados na via férrea a poucos metros das passagens de nível.

Quanto à Estação Cidade da Esperança, também incluída no projeto, será demolida juntamente com outras 13 estações do sistema. Essas serão substituídas por 18 novas estações, incluindo a construção das estações terminais Ribeira e Alecrim. Já em relação aos prazos para início da execução, a Companhia disse não ter uma previsão. “Neste momento, não há previsão da data de implementação do projeto, pois este encontra-se em tratativa com o Governo Federal”, encerra a CBTU.

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