Um protesto puramente político.
É isto que está posto quando a Femurn diz que manterá manifestação contra o Governo para a próxima terça-feira, mesmo não existindo motivo que justifique tal ação, uma vez que a própria Femurn afirma no documento produzido por ela sobre a reunião desta quinta-feira, com os secretários Cadu Xavier e Virgínia Ferreira, que a gestão estadual aceitou proposta apresentada para pagar em cinco vezes a dívida de repasses da compensação do ICMS aos municípios e se prontificou em encontrar uma solução rápida para as demais demandas da instituição.
Ora, o documento por si só prova que o motivo para a tal manifestação está esvaziado. Um protesto com mais de cem prefeitos para cobrar o que?
Uma manifestação desse tipo teria ensejo se o Governo não estivesse negociando, se tivesse fechado portas e não estivesse dialogando. Mas o que ocorre é justamente o contrário disto.
No documento enviado ao Blog, a Femurn afirma que Cadu e Virgínia garantiram dar solução rápida para as outras pautas, além de, repetindo novamente, ter aceito a proposta da Federação para quitar o ICMS com as prefeituras.
Para quê protesto se estão entrando em acordo e o governo está mostrando total interesse em resolver? Ou seja, diálogo aberto e perspectiva de resolução… O que justifica o protesto senão pura politicagem?
O Blog teve acesso a informações de bastidores dando conta de uma pressão que vem sendo feita pelo ex-presidente da Femurn, o prefeito de São Tomé Anteomar Pereira, mais conhecido como Babá (PL), e por outros gestores ligados diretamente ao senador bolsonarista radical Rogério Marinho, presidente estadual do PL, contra o atual presidente da instituição Luciano Santos, que é ligado ao deputado Ezequiel Ferreira, presidente da Assembleia Legislativa, e a Walter Alves, vice-governador do Estado.
A informação corrobora a análise do blog: Protesto dos prefeitos não passa de politicagem.
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