Diretor da escola da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, o professor João Maria Lima foi demitido do cargo hoje, depois da repercussão da notícia de que ele está sendo investigado pela 57ª Promotoria de Justiça do Ministério Público do Estado por assédio sexual e moral contra a jornalista Sayonara Alves, que exerce o cargo de assessora de imprensa da Escola e era subordinada ao denunciado.
“No pedido para que a Polícia Civil, através da Delegacia da Mulher, instaure um inquérito, o MP aponta que os fatos até agora juntados configuram ‘fundadas suspeitas’ de ocorrência de delitos de assédio sexual, importunação sexual e assédio moral”, conforme informou o Blog do Dina, que publicou a notícia em primeira mão.
A AL-RN divulgou nota no início da tarde de hoje informando o afastamento do servidor. “O Poder Legislativo afirma que repudia assédios de quaisquer natureza, ao mesmo tempo em que acompanha com atenção o encaminhamento dos fatos que estão sendo apurados”, diz a nota.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Norte (SINDJORN) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) também divulgaram nota se solidarizando à jornalista Sayonara Alves, “colocando toda a estrutura à disposição da Profissional de Comunicação” e cobrando rigor e agilidade ao Ministério Público do Estado e a Polícia Civil na apuração das denúncias de assédio sexual, importunação sexual e assédio moral causadas pelo ex-Diretor da Escola da Assembléia Legislativa.
O SindJorn também ressaltou que considera correta a atitude da AL-RN em ter exonerado imediatamente o servidor acusado de assédio.
A denúncia do MP vai de encontro com a campanha promovida pela Assembleia Legislativa alertando sobre as violências cometidas contra a mulher. Imagine, o Legislativo combatendo agressão a mulheres tendo um funcionário do alto escalão cometendo o crime.
Do Blog
Como jornalista e mulher, envio minha total e irrestrita solidariedade à colega Sayonara, e parabenizo pela coragem de ter denunciado o agressor. Essa atitude beneficia todas nós mulheres!
Lembrando que o assédio contra mulheres jornalistas – e de todas as profissões – é uma realidade frequente. E graças às muitas campanhas sobre o tema, mais recentemente, há muito mais debate sobre o assunto, o que facilita a coragem de denunciar e a consequente punição aos criminosos.
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