A empresa TCPAV – Tecnologia em Construção e pavimentação LTDA aceitou realizar a obra da trincheira no cruzamento das avenidas Alexandrino de Alencar e Salgado Filho. A informação foi publicada na edição do Diário Oficial do Município desta terça-feira (27). O valor permanece o mesmo, de R$ 24,2 milhões.
A TCPAV assume o serviço que inicialmente seria realizado pela Potiguar Construtora, empresa que desistiu da obra na semana passada. O distrato do contrato foi publicado semana passada. A construção da trincheira – uma espécie de túnel viário – deve durar cerca de nove meses.
Os recursos para a obra vem do Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR). Há ainda uma contrapartida de R$ 88 mil da Prefeitura de Natal. A STTU estima que circulam 74 mil veículos pelo cruzamento diariamente. A obra tem previsão de início para o começo do mês de julho.
A pasta justifica que a execução da trincheira vai permitir uma melhor vazão do tráfego entre os bairros das zonas Sul e Leste da capital. A obra tem suscitado muita controvérsia. Recentemente, a Justiça do Rio Grande do Norte determinou que o prefeito Álvaro Dias detalhe o projeto da obra da construção da trincheira.
A determinação judicial é fruto de um ofício enviado pela deputada federal Natália Bonavides à Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) da capital potiguar solicitando essas informações. Segundo dados do projeto básico da obra, publicados no início de 2022, a obra da trincheira também contempla instalação de sinal para pedestre e ciclofaixa. As calçadas do entorno contarão com rampas de acessibilidade.
Também será feito um projeto de arborização ao longo do novo passeio público, o que deve garantir um maior conforto térmico aos pedestres que utilizam o quadrilátero formado pelas avenidas Prudente de Morais, Hermes da Fonseca, Salgado Filho, Alexandrino de Alencar e Jaguarari.
Há o temor de que o empreendimento cause problemas ao deslocamento diário da população como tem sido com a reestruturação da Avenida Felizardo Moura, que é uma das alças de acesso à ponte Presidente Costa e Silva (mais conhecida como ponte de Igapó), e tornou-se ponto frequente de reclamações. A dificuldade no deslocamento entre os bairros das zonas Oeste e Norte faz com que a travessia dos 520 metros da ponte, nos horários de tráfego mais intenso, chegue a durar até duas horas.
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