A programação do mês de junho é recheada de arraiás com muito forró, xote, xaxado e baião. Nessa época, em que ninguém quer fazer feio com seu par, as academias de dança registram um crescimento nas buscas por aulas individuais ou para casais. Segundo Cármem Martins, gestora de uma das mais tradicionais escolas de dança de Natal, a Evidance, os últimos meses apresentaram um boom de novos alunos que acabam se interessando também por outras modalidades.
“Esse é um movimento sazonal, no final de abril e início de maio sempre recebemos muitos alunos à procura das turmas de forró, aulas particulares e turmas intensivas para o São João e Dia dos Namorados, e esse ano tivemos um pico que não notamos desde 2019 – que foi o último ano com grande movimento antes da pandemia – em matrículas para oficinas práticas e turmas intensivas, e essas pessoas sempre tomam gosto pela dança e procuram outras modalidades nos meses seguintes”, relata.
Mas além dos passos aprendidos para as festas juninas, quem adere à prática de dança, ganha muito em qualidade de vida. A profissional de Educação Física Maria Lúcia Sebastião destaca que dançar é uma forma divertida e envolvente de fazer exercício físico.
“Os benefícios para a saúde são inúmeros porque com o ritmo intenso da aula de forró, a movimentação ajuda no fortalecimento do coração, melhoria da circulação sanguínea, controle da pressão arterial e aumento da capacidade respiratória, além de ser benéfico para a saúde emocional, com a socialização e integração que dançar em pares ou em grupo ajuda a desenvolver”, opina a mestra, que é coordenadora do curso de Educação Física da Estácio.
Maria Lúcia destaca ainda que para conquistar todos os benefícios que a atividade física pode oferecer, manter a frequência é essencial. “O melhor caminho para não desanimar e desistir é escolher uma modalidade de exercício que se goste ou até combinar com um amigo de fazer a aula juntos. Outro ponto positivo é que a dança apresenta um leque muito diverso de modalidades. Aprendeu tudo no forró? Você pode tentar aulas de samba, de hip hop, dança do ventre e várias outras. O importante é continuar se movimentando e lembrando que não tem idade para aprender a dançar”, incentiva.
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