O Complexo Regional Penal de Pau dos Ferros e o Complexo Agrícola Doutor Mário Negócio, em Mossoró, aderiram ao projeto “Sífilis não” e os internos e policiais penais terão aulas remotas
Publicado 15 de junho de 2023 às 07:10
Internos da Penitenciária Agrícola Doutor Mário Negócio, em Mossoró, utilizando novos computadores – Foto: Divulgação/SEAP
O Complexo Regional Penal de Pau dos Ferros e o Complexo Agrícola Doutor Mário Negócio Masculino e Feminino, em Mossoró, receberam 20 computadores para aulas de educação em saúde de forma remota.
As unidades aderiram ao projeto “Sífilis não”, uma parceria entre o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais/UFRN), o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), com o objetivo de enfrentamento à sífilis no contexto de saúde global.
Com os novos equipamentos, os apegados terão acesso ao conteúdo no Ambiente Virtual de Aprendizagem do Sistema Único de Saúde (Avasus).
Os internos privados de liberdade são o público prioritário das ações do projeto. O conteúdo e cronograma são elaborados pelas equipes pedagógicas das unidades prisionais. Além do conhecimento, o tempo envolvido na ação de educação em saúde conta para remir a pena.
Entre os cursos disponíveis, estão: “Políticas de atenção à saúde no sistema prisional”, “Conversando com pessoas privadas de liberdade sobre saúde: cuidados, promoção da saúde, direitos e cidadania”, “Atenção à Saúde da pessoa privada de liberdade”, e “O Policial Penal e a Saúde em Ambientes de Privação de Liberdade”. Os módulos têm entre 30 e 60 horas.
Os computadores também são utilizados nos serviços de saúde prisional para estruturar a atenção primária e para qualificar os profissionais numa atenção à saúde mais humanizada para os privados de liberdade.
O diretor da unidade prisional de Mossoró, Rodolpho Lima, explicou que os policiais penais também terão acesso aos conteúdos. Os certificados emitidos no Avasus são válidos para a progressão funcional do policial penal.
O laboratório onde os equipamentos foram instalados na ala masculina da Penitenciária Mário Negócio foi construído com recursos de pena da 3ª Vara Regional da Execução Penal, através da juíza Cinthia Cibelle.
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