Brasil

Planos de saúde têm de garantir dois novos tratamentos contra o câncer

A decisão foi tomada pela Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em reunião no dia 2 de maio deste ano

por: NOVO Notícias

Publicado 23 de maio de 2023 às 13:27

Planos de saúde têm de oferecer tratamentos agora para câncer de ovário e de próstata. Foto: Reprodução/TV Brasil

Planos de saúde têm de oferecer tratamentos agora para câncer de ovário e de próstata. Foto: Reprodução/TV Brasil

Os planos de saúde terão que garantir a cobertura de dois novos tratamentos contra o câncer no país. A decisão foi tomada pela Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em reunião no dia 2 de maio deste ano. A resolução foi publicada no Diário Oficial da União uma semana depois.

A atualização da lista de coberturas obrigatórias, a segunda realizada neste ano, determina a cobertura, pelos planos de saúde, de um tratamento contra o câncer de ovário (olaparibe em combinação com bevacizumabe) e contra o câncer de próstata metastático (darolutamida em combinação com docetaxel).

A resolução da ANS também prevê cobertura para o teste genérico de deficiência de recombinação homóloga, usado para diagnosticar as pacientes elegíveis ao tratamento com a associação olaparibe e bevacizumabe.

Em fevereiro deste ano, a ANS já havia determinado a incorporação de quatro tratamentos ao rol de procedimentos obrigatórios: onasemnogeno abeparvoveque (para bebês com atrofia muscular espinhal), dupilumabe (para adultos com dermatite atópica grave), zanubrutinibe (para adultos com linfoma de células do manto) e romosozumabe (para mulheres idosas com osteoporose na pós-menopausa).

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é que em 2020 foram registrados 6.650 novos casos de câncer de ovário no país, o que representa 3% das neoplasias detectadas em mulheres. Os dados de 2019 indicam 4.123 mortes decorrentes da doença naquele ano.

Os fatores de risco para o câncer de ovário incluem o avanço da idade, a infertilidade, a primeira menstruação precoce, antes dos 12 anos, e a menopausa tardia, após os 52 anos. Também devem ser considerados o histórico familiar de neoplasias de ovário, colorretal e de mama, excesso de peso corporal e os fatores genéticos de mutações em genes como BRCA1 e BRCA2.

Tags