Uma perícia recente realizada pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) constatou a presença de fungos e ovos de parasita em amostras de molho de tomate da marca Fugini, coletadas em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
A descoberta preocupante levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a proibir inicialmente a fabricação, comercialização e distribuição dos produtos da empresa. No entanto, essa proibição foi temporariamente suspensa em abril.
Paralelamente, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul está investigando a Fugini por suspeita de crime contra as relações de consumo. Em comunicado oficial, a Fugini afirma não ter tido acesso a nenhum laudo relacionado ao procedimento em questão.
Além disso, a empresa ressalta que, apesar de apresentar um índice extremamente baixo de ocorrências em relação ao total de produtos fabricados e comercializados, o manuseio ou transporte inadequados das embalagens podem causar danos imperceptíveis a olho nu, como a formação de micro-furos, que eventualmente podem permitir o contato do produto com micro-organismos responsáveis pelo surgimento de mofo. (Veja posicionamento na íntegra mais abaixo).
O inquérito conduzido pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul está previsto para ser concluído ainda este mês. A delegada Jeiselaure de Souza informa que os responsáveis pela empresa serão convocados a depor nos próximos dias.
Confira abaixo o posicionamento na íntegra da Fugini:
“A respeito de informações veiculadas recentemente na imprensa e nas redes sociais, a Fugini Alimentos, empresa referência no setor, com 27 anos de atuação no mercado, esclarece que:
1. No âmbito de sua política de sustentabilidade, saudabilidade e rótulos limpos (clean label), a marca deixou de usar conservantes artificiais como, por exemplo, o sorbato de potássio, e reduziu o uso de alguns ingredientes naturais, como açúcar, sal e gordura, que estão sendo eliminados ou restringidos em seus produtos.
2. Essa transição para produtos mais naturais, associada à falta de conhecimento técnico da população sobre o assunto, têm provocado rumores infundados entre consumidores e a opinião pública.
3. O processo de produção, enchimento e fechamento da embalagem sachê é totalmente automatizado. Mesmo com um índice de ocorrências extremamente baixo (0,000003% ou 3 casos por milhão) do total produzido e comercializado, o transporte e/ou o manuseio incorretos das embalagens pode danificá-las de forma imperceptível a olho nu (com o surgimento de micro-furos), o que eventualmente pode fazer com que o produto entre em contato com micro-organismos potencialmente causadores de bolor.
4. Isso não significa, de forma alguma, que o produto tenha um problema de qualidade, mas sim que ele está passando por um processo de oxidação ou decomposição natural, assim como pode acontecer com as frutas, o ovo ou o pão, por exemplo. Esse fato também pode ocorrer pelo armazenamento por período incorreto na geladeira (após a abertura da embalagem, o consumo deve ser realizado em até um dia).
5. Em relação às informações que vêm sendo veiculadas pela imprensa desde o dia 17 de maio, que fazem referência a uma perícia do Instituto-Geral de Perícias (IGP) em um de seus produtos, a Fugini informa que não teve acesso a qualquer laudo relacionado ao procedimento noticiado.
Por fim, a Fugini reforça que seus canais de atendimento estão sempre abertos para esclarecer quaisquer dúvidas. Nosso SAC (0800 702 4337 ou sac@fugini.com.br) está disponível, de segunda a sexta-feira das 08h00 às 17h00.
A Fugini usufrui do conhecimento adquirido ao longo da história, ao mesmo tempo que é incansável na busca por inovação. Estamos certos de que a tecnologia de ponta (pasteurização, automatização e gestão de qualidade) utilizada nos processos de fabricação e envase garante a saudabilidade e qualidade de todos os nossos produtos.
Seguiremos trabalhando de forma contínua para manter a sociedade informada sobre os pilares fundamentais que sustentam a idoneidade e o compromisso da marca com seus milhões de consumidores.”
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