Quatro pessoas morreram e pelo menos seis ficaram feridas nesta segunda-feira (10), no que é o 146º ataque a tiros nos EUA somente em 2023. Um homem abriu fogo em um banco na cidade de Louisville, no estado de Kentucky, meio-oeste dos Estados Unidos, antes de ser morto, segundo autoridades locais.
“Cinco pessoas morreram no total. Pelo menos mais seis pessoas foram transportadas para o hospital”, disse a polícia de Louisville no Twitter, incluindo o atirador no número de mortos.
De acordo com informações da polícia local, foram mortos Joshua Barrick, 40, Thomas Elliot, 63, Juliana Farmer, 45 e James Tutt, 64.
Em coletiva de imprensa, o chefe da policia de Louisville, Paul Humphrey, apontou que o estado de saúde das pessoas hospitalizadas ainda não era conhecido.
Nas redes sociais, alguns usuários compartilharam vídeo de um policial alertando sobre o mais recente ataque a tiros nos EUA. Assista:
@dailymail Atleast 5 people have been killed in mass shooting at Louisville bank. #fyp #louisvillekentucky #kentucky #louisville #bank #shooting ♬ original sound – Daily Mail
Informações iniciais indicavam que havia cinco mortos, mas o número contava com o suspeito, que agia sozinho e cujos motivos são desconhecidos. O FBI, a Polícia Federal americana, também confirmou que seus agentes especiais ajudam na resposta.
Entre os oito feridos há dois policiais, disse Humphrey – um deles está em sala de cirurgia e seu estado é crítico. As vítimas foram levadas para o Hospital da Universidade de Louisville. Há uma outra pessoa em estado grave.
Ao canal de televisão local WHAS11, testemunhas disseram que viram um homem com uma “longa arma semiautomática” disparando diversas vezes dentro do Old National Bank que fica nos arredores do Slugger Field, um estádio de beisebol com capacidade para pouco mais de 13 mil pessoas.
Vídeos mostram policiais e ambulâncias na rua e uma das janelas do banco estilhaçada, com pedaços de vidro no chão. Uma motorista que se identificou como Debbie disse ao canal local WDRB que havia parado no sinal em frente ao banco quando viu um homem que parecia ferido na entrada. Em seguida, ouviu tiros.
“Eu não sabia se era dentro ou fora do banco (…). Quando virei, vi que uma das janelas estava estilhaçada”, disse ela, afirmando que a resposta policial foi rápida. “Eles vinham de todo lugar. A polícia saía de seus carros com armas pretas.”
Outra testemunha não identificada relatou o que aconteceu dentro do banco. “Ele apenas começou a disparar”, disse ao canal WHAS11 “Eu não vi seu rosto, estávamos na sala de conferências. Quem estava do meu lado foi baleado, tenho seu sangue em mim.”
À emissora WLKY, Caleb Goodlett disse que recebeu uma ligação de sua mulher, que estava dentro de um dos cofres do banco, pedindo para que ele ligasse para a polícia. Quando o homem discou 911, número dos serviços de emergência nos EUA, os atendentes disseram que as forças de segurança já estavam se dirigindo ao local.
Os Estados Unidos enfrentam o que o presidente Joe Biden classifica como uma epidemia de violência armada: segundo o Gun Violence Archive, grupo de pesquisa que monitora episódios em que ao menos quatro pessoas foram mortas ou feridas por armas de fogo, já houve ao menos 145 ataques a tiro nos EUA neste ano.
No ano passado, a contagem ficou em 647, dos quais 21 episódios envolveram cinco ou mais mortos. O incidente desta segunda ocorre duas semanas após uma mulher armada invadir uma pré-escola em Nashville, no Tennessee, e matar três crianças e três adultos.
O governador do Estado, Andy Beshear, disse que está indo para a cena do crime, e pediu orações para as famílias afetadas pela tragédia. Em uma entrevista coletiva, ele disse que perdeu dois amigos durante o ataque, entre eles “um amigo muito próximo”, e que o banco atacado era onde tinha conta.
“Nós vamos nos unir como uma comunidade para trabalhar na prevenção desses atos horríveis de violência armada continuem aqui e por todo o Estado”, disse o prefeito Craig Greenberg.
O senador Mitch McConnell, republicano do Kentucky e líder da minoria republicana no Senado, disse que está “devastado” com a tragédia, comentário similar ao do colega Rand Paul. Ambos são contra restrições mais duras a posse de armas no país, oposição comum entre seu Partido Republicano, que recebe financiamento maciço da Associação Nacional do Rifle (NRA), o principal lobby armamentista dos EUA.
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