Em meio à posse dos 513 deputados eleitos para a 57º legislatura, na manhã desta quarta-feira (1º/2), chamou a atenção a presença do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que acompanhava a filha Danielle Cunha (União-RJ). Ela tomou posse como deputada pelo Rio de Janeiro.
Com a desenvoltura de quem conheceu com intimidade os corredores do Congresso, Cunha, que foi o todo-poderoso presidente da Câmara a comandar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), conversou ativamente com os antigos colegas no plenário durante a sessão solene de posse da filha.
Já na saída, revelou ao Correio estar emocionado em voltar ao local. “Eu deixei para vir em um momento que eu trouxe a minha filha para tomar posse. Isso já é um simbolismo que é uma coisa relevante”, falou Cunha, que disse acreditar que o novo governo pode fazer uma articulação melhor “se aprender com os erros do passado”.
Quanto ao fracasso na eleição para a Câmara pelo estado de São Paulo, Cunha preferiu focar na eleição da filha. “Isso é Deus, né? Quis Deus que ela fosse eleita, e bem eleita, já eu estava disputando uma eleição em São Paulo, fora do meu estado, e sem efetivamente fazer campanha. Então, o objetivo que eu tinha foi atingido com eleição dela”, ponderou o ex-parlamentar. Ele afirmou ainda que deve seguir na ponte aérea entre São Paulo e Rio de Janeiro no próximo período.
Quanto à eleição da mesa diretora da Câmara, Cunha apontou que o acordo indicou para a escolha de uma chapa majoritária. “Eu acho que foi feito uma união que formou uma chapa”, comentou, dizendo acreditar em uma vitória expressiva na recondução do presidente Arthur Lira (PP-AL) na liderança da casa legislativa.
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