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Seridoense lança livro “Famílias Pioneiras dos Açores e do Seridó”

Lançamento da obra acontece no dia 8 de dezembro, na Galeria Fernando Chiriboga para convidados e público no geral

por: NOVO Notícias

Publicado 7 de dezembro de 2022 às 12:35

José Roberto Bezerra de Medeiros

José Roberto Bezerra de Medeiros lança sua primeira obra literária – Foto: Divulgação

O engenheiro eletricista José Roberto Bezerra de Medeiros, de Caicó, após décadas de trabalho dedicadas a cargos de gestão e presidência das concessionárias de distribuição de energia elétrica como a Neoenergia Cosern e a Neoenergia Coelba, agora, segue outro rumo, o da literatura. No dia 08 de dezembro será lançada a primeira obra do autor, “Famílias Pioneiras dos Açores e do Seridó”, na Galeria Fernando Chiriboga, no 3º piso do Midway Mall, das 18h às 21h. Evento é voltado para todo o público e convidados. Também haverá lançamento em Caicó, a data será divulgada em breve.

Resultado de pesquisas históricas e genealógicas para a comprovação da ascendência sefardita (termo usado para referir aos descendentes de judeus originários de Portugal e Espanha) de sua família e de outras tantas que compõem a teia familiar formadora da sociedade dos sertões do Seridó do Rio Grande do Norte, o livro convida para uma tocante viagem no tempo, dividida em 17 capítulos em mais de 500 páginas, nas quais são traçados relevantes contextos históricos das famílias pioneiras dos Açores (região de Portugal) e do Seridó (região do RN), com revelações de como se formaram e como se relacionaram nos dois lados do Atlântico.

“Famílias Pioneiras dos Açores e do Seridó” é fruto de um trabalho minucioso, que foi costurado com precisão, os fatos históricos importantes desde as Grandes Navegações dos Açores ao Brasil e perpassa até os relatos sombrios da Inquisição, na qual antepassados sefarditas do povo seridoense sofreram perversos suplícios. José Roberto iniciou suas pesquisas há alguns anos e, a escrita da obra, ocorreu no início do período pandêmico, quando se viu inquieto quanto a história dos seus descendentes e formação das famílias do Seridó do RN. “No verão de 2020, após uma conversa com minha irmã Luciane Maria Bezerra de Medeiros, que tem muita afinidade com estudos genealógicos e já vinha pesquisando as origens da nossa família, embarcamos longe nesse papo sobre genealogias. Eu fiquei inquieto, aprofundei, fiz pesquisas e partimos para esta aventura com a finalidade de chegarmos aos nossos antepassados, suas histórias, mas, neste percurso, percebi que poderia contribuir, inclusive, com a história do RN, com ênfase nos seridoenses”, relata José Roberto.

As histórias impressas na obra, trazem hábitos, costumes, fé, devoção e os elos familiares, entregando ao leitor, uma fiel delineação das sociedades açoriana e seridoense no período da Idade Moderna. A revisora da obra e irmã do autor, Leila Maria Medeiros de Chiriboga, descreve o livro como “uma obra de inestimável valor, que vem contribuir grandemente para a compreensão de importantes acontecimentos que marcam a história do nosso Seridó. Retrata, sobretudo, a saga dos valentes colonizadores da região, que deixaram sua terra natal em busca de um novo porvir”.

Resumo da Obra
Nos primórdios da segunda metade dos anos 1400, o jovem português Rui Vaz de Medeiros desembarcou no arquipélago da Madeira, localizado no oceano Atlântico. Passados alguns anos, já casado e com filhos, transferiu-se para a ilha de São Miguel, nos Açores, arquipélago do mesmo oceano.

Ao lado de outros desbravadores, igualmente encantados por aquelas paragens, Rui Vaz de Medeiros lá se fixou e constituiu uma grande família.

Os irmãos micaelenses Rodrigo de Medeiros Rocha e Sebastião de Medeiros Matos, que se instalaram no segundo terço do século XVIII no Seridó – região dos sertões da Paraíba e do Rio Grande do Norte, no Nordeste do Brasil – seriam seus descendentes?

Para responder a essa e a outras questões, descreve-se no livro a epopeia das famílias pioneiras que colonizaram a ilha de São Miguel e o Seridó, revelando-se como foram formadas e como se relacionaram nos dois lados do Atlântico.

As narrativas mostram como viviam os antepassados de Rodrigo e de Sebastião. Dentre eles, o príncipe africano Jorge Velho, casado com a portuguesa África, um certo alemão de sobrenome Pavão, casado com uma mulher espanhola (de quem a história não revela o nome) e também os espanhóis Marcos Afonso e Inês de Xerez, cujas netas e filha – queimada na fogueira – sofreram nas garras da Inquisição. Por fim, revelam a vida dos primeiros seridoenses naqueles remotos tempos: suas origens, seus costumes e seus descendentes.

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