Após uma convocação do presidente da Associação Médica do Rio Grande do Norte (AMRN), o médico cardiologista intervencionista Itamar Ribeiro de Oliveira, para um ato de campanha eleitoral em apoio a Jair Bolsonaro (PL), na sede da AMRN, alguns médicos criticaram o convite afirmando que a entidade não pode assumir posições de caráter político-partidário.
O evento está previsto para ser realizado nesta quarta-feira (12), às 09h30, no auditório da AMRN, que fica localizado no bairro Tirol, na Zona Leste de Natal. O médico infectologista, Alexandre Motta, membro da AMRN, disse que a associação deve agir de forma representativa para a classe, e não de maneira política realizando campanha para candidatos.
“Essa entidade ela é médica, privada, mas não é privativa do presidente. Portanto, presidente, recue. Se quer fazer algo partidário, faça na sua casa, e não naquilo que é coletivo. Eu, como membro da associação médica, não autorizo. Outros médicos que pensam igual a mim também não”, disse Motta em vídeo publicado nas redes sociais.
No chamado feito pelo presidente da associação, Itamar Ribeiro, ele alega que o ato é motivado pela preocupação da classe médica com os destinos do país, da sociedade e da profissão.
“Abrace essa causa, venha aqui, compareça. Faremos uma festa com muita alegria em alto astral, que é a nossa característica. Traga sua família, seus amigos. Vista-se de verde e amarelo, as cores da bandeira do Brasil da nossa pátria”, diz em vídeo editado com jingle de campanha de Bolsonaro ao fundo.
O Estatuto Social da Associação Médica Brasileira (AMB) preceitua que nenhum órgão da entidade pode assumir posições de caráter político-partidário ou religioso (artigo 22).
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