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No RN, apenas seis candidatos se identificam como LGBTQIA+

Cinco estão disputando o cargo de deputado federal, enquanto apenas um entrou na corrida pela cadeira de deputado estadual

por: NOVO Notícias

Publicado 20 de setembro de 2022 às 18:15

Bandeira LGBT – Foto: Carolina Lima/Tem Que Ter

Nas Eleições de 2022, pelo menos seis candidatos do Rio Grande do Norte se identificam como LGBTQIA+. Os dados são da ONG Vote LGBT, que mapeia o índice de diversidade na disputa por cargos públicos no Brasil. No cenário potiguar, são cinco postulantes a deputado federal e um que busca o cargo de deputado estadual.

Até o encerramento do prazo para registro, 525 candidatos do RN estavam contabilizados nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Dentro dessa quantidade, seis fizeram a autodeclaração como LGBTQIA+, um equivalente a 1,1% do número total.

No RN, os candidatos LGBTQIA+ são os seguintes: Pablo Aires (PSB), Rochelly Potiguar (PDT), Samanda Alves (PT), Thabatta Pimenta (PSB), a candidatura coletiva Juntas (PSOL) para o cargo de deputado federal e Rayane Andrade (PT) para deputado estadual.

A maioria é do PT e PSB, com dois candidatos, e em segundo lugar vem o PDT e PSOL, com um representante. Entre os seis, estão presentes uma mulher lésbica branca, uma mulher bissexual negra, uma mulher transgênero negra, uma mulher trans negra, um homem gay branco. A candidatura coletiva não identificou a opção sexual das quatro mulheres.

Quanto aos perfis dos candidatos LGBTQIA+ pelo RN nestas Eleições, três estão em partidos de esquerda (PT) e três em partidos de centro-esquerda (PSB e PDT).

No âmbito nacional, o Vote LGBT mapeou 214 pedidos de registros de candidaturas desse público no ano, um aumento de 36% em relação às Eleições de 2018. Quatro anos atrás, a ONG identificou 157 candidaturas LGBTQIA+.

Para chegar ao número de candidaturas, a ONG criou um cadastro para os candidatos interessados, enviando esse questionário também aos partidos. Candidatos que são LGBTQIA+, mas que não demonstraram interesse em participar do levantamento da ONG, ficaram de fora da lista.