A Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte recebeu dez candidaturas ao Senado para as Eleições 2022, que acontecem em outubro. Um desses candidatos é o ex-ministro do Desenvolvimento Regional (MDR), Rogério Marinho (PL). Em entrevista ao Novo, ele contou um pouco da trajetória dele, expôs estratégias para conquistar votos e propostas para caso seja eleito. Confira:
Novo – Candidato, nos conte um pouco da sua trajetória de vida e política.
Rogério Marinho – A política sempre esteve muito presente em minha vida. Ainda criança tive a oportunidade de presenciar e participar de muitos atos políticos e eleitorais ao lado do meu avô, Djalma Marinho, que até hoje é uma referência moral da política brasileira. Guardo as melhores lembranças daquele período que me influenciou diretamente a buscar os desafios que me propus a enfrentar.
Ainda antes de entrar para a política, atuei como auxiliar de gestões municipais da ex-prefeita Wilma de Faria, chegando inclusive a ocupar a função de secretário municipal de Planejamento no final dos anos 90. No início dos anos 2000, fui eleito vereador de Natal, cargo que até hoje tenho muito orgulho de ter conquistado na urnas. Com o apoio dos colegas parlamentares da época, chegamos a presidência da Câmara Municipal. Foi um período já de muito trabalho e que pudemos deixar um legado. Por exemplo, fundamos a Federação das Câmaras Municipais do Rio Grande do Norte, a Fecam, da qual também fui o primeiro presidente. Na época, iniciamos um importante trabalho instalando telecentros nas cidades potiguares, em um período onde milhares de cidadãos ainda estavam fora do mundo digital.
Em 2006 conquistamos nas urnas o mandato de deputado federal. Em Brasília, pudemos nos dedicar a pautas importantes para o país, principalmente na área da educação. Relatamos importantes projetos, mas a principal conquista do nosso mandato na Câmara Federal foi a criação do Instituto Metrópole Digital, que hoje é um sucesso na UFRN. Nossa ideia era incluir Natal no mapa da tecnologia da informação, e conseguimos. Hoje a capital potiguar é uma referência para o país neste setor. Hoje são quase 6 mil alunos sendo capacitados neste que é o mercado de trabalho que mais cresce no mundo. Em 2021, as empresas incubadas no Parque Tecnológico Metrópole Digital faturaram quase R$ 200 milhões. E isso é só o começo.
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Já em 2013, tivemos a oportunidade de ocuparmos a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte. No cargo, nos dedicamos principalmente a buscar alternativas para uma maior geração de emprego e renda no Estado. E conseguimos criar o Pró-Sertão, Programa de Industrialização do Interior. O projeto tinha como objetivo instalar pequenas oficinas de costura no interior potiguar, contando com a parceria da Fiern, Sebrae e de gigantes do setor têxtil, como a Guararapes. E também deu certo. Atualmente são quase 5 mil empregos diretos e a expectativa é que também aumente nos próximos anos.
Em 2019, à convite do presidente Jair Bolsonaro, tivemos a oportunidade de iniciarmos um trabalho a favor de todo o Brasil. O país estava tentando se reerguer do desastre econômico causado pelos governos do PT, que destinou milhões de reais do povo brasileiro para obras faraônicas em países governados pela esquerda. Isso quando o dinheiro não foi desviado para o próprio partido em escândalos de corrupção que todos nós conhecemos ao longo dos últimos anos. E com muito trabalho os frutos já estão começando a surgir, mesmo após a pandemia da Covid-19 a guerra na Europa entre Ucrânia e Rússia.
Tivemos a oportunidade, como ministro do Desenvolvimento Econômico, a partir de 2020, de colaborar ainda mais diretamente com obras que consideramos essenciais para o Brasil. Nordestino e potiguar, jamais imaginei que poderia ter a oportunidade de colaborar para a conclusão de um projeto que vai libertar o nosso povo de forma definitiva, que é a transposição do Rio São Francisco. Quando assumimos a função, a obra, além de atrasada, estava com diversos problemas, setores que precisavam ser reconstruídos, contratos que precisavam ser refeitos. E hoje a transposição chegou ao nosso Rio Grande do Norte, concluindo sua última etapa.
Pudemos ainda destinar recursos para a barragem de Oiticica, um sonho do povo seridoense que se arrasta há quase 70 anos. Pudemos contribuir com praticamente todos os 167 municípios potiguares, destinando recursos para obras, equipamentos, enfim, fizemos tudo que estava ao nosso alcance para beneficiar o RN. E tem gente insatisfeita porque trouxemos recursos demais para o nosso Estado. Parece piada pronta. Para estes, eu digo e repito: se pudesse teria feito ainda mais. E vamos fazer quando estivermos no Senado Federal.
Importante destacar outras obras que pudemos ajudar, como a engorda de Ponta Negra, fortalecendo o turismo, o calçamento de 300 ruas na zona Norte de Natal, o Acari Cidade da Moda, que fortalecerá o Pró-Sertão e a economia do Seridó, os poços que pudemos perfurar, o Ramal do Apodi e o Projeto Seridó, que distribuirá a água do São Francisco para dezenas de municípios. Enfim, a lista é longa. E a cada nova conquista, temos a certeza de que o RN pode muito mais, com trabalho e dedicação, o nosso Estado voltará a ser respeitado no Senado e terá ainda mais melhorias pela frente.
N – Quais são suas propostas e objetivos para quando assumir uma vaga no Senado em 2023, caso seja eleito?
RM – É importante que as pessoas tenham consciência da importância da nossa representação no Senado. É a única Casa legislativa onde estamos em igualdade de tamanho com os demais Estados. São três senadores para cada. Então, não podemos mais errar, não podemos ficar à margem das discussões mais importantes do país. No Senado, serão discutidos nos próximos anos temas que são extremamente caros à população brasileira, como a questão do aborto por exemplo. Você sabe se o seu candidato é a favor ou contra o aborto? Nossa posição é totalmente contrária a qualquer mudança na legislação sobre o tema, que permite uma ação como essa apenas em casos extremos, como estupro.
Também vamos defender com muita clareza a liberdade religiosa do nosso povo, o respeito à família, aos nossos valores. Vamos estar de forma irredutível a favor da pátria, da liberdade de imprensa e da democracia.
E, claro, vamos trabalhar muito para buscar novas ações e parcerias para a melhora econômica do Rio Grande do Norte. O nosso Estado está ficando para trás em relação aos nossos vizinhos. É urgente iniciarmos a discussão para a construção de um novo porto, por exemplo.
N – Qual a sua principal estratégia para conquistar votos nessa eleição?
RM – Em todo processo eleitoral a população naturalmente compara as opções que têm. Esperamos que dessa vez não seja diferente e que os eleitores possam comparar a história de vida, os serviços prestados e a diferença de posicionamento dos candidatos ao Senado em relação aos temas que listei acima, como aborto, liberdade religiosa e a família. Só falar, todos falam. Mas nós temos o que mostrar. Está aí o Metrópole Digital e o Pró-Sertão. Isso é resultado, é trabalho, é política pública a favor da melhoria da educação e da geração de emprego e renda. E ambos os projetos ainda têm uma larga margem de crescimento. Fruto do nosso trabalho com muito orgulho. Estão aí as obras que pudemos contribuir durante nossa passagem no Ministério, não há um município do Estado que não tenha nossa contribuição. No final, temos a certeza que o povo potiguar vai optar pelo crescimento do Estado, por mais desenvolvimento, por um RN forte de novo no Senado.
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