O QUE PENSOU A BLACKROCK PARA 2022: PRIMEIRA ANÁLISE
Renato Guerra, Professor, Mestre em Direito (UFRN) e Advogado do Carvalho, Costa, Guerra & Damasceno Advocacia (renatoguerra@ccgd.adv.br)
Você sabe quem é a BlackRock? Já ouviu falar em Larry Fink? Essa empresa, na verdade, é uma gestora de investimentos. Ou seja, sua missão é gerenciar os valores investidos por outras pessoas, a fim de render a elas mais valores. Essa corporação norte-americana foi fundada em 1988 e, em janeiro de 2022, foi considerada a maior em sua área de atuação, gerindo cerca de US$ 10 trilhões de dólares – para se ter uma ideia, o PIB do Brasil projetado para este ano gira em torno de R$ 9 trilhões de reais, que, quando convertido, não chega a US$ 2 trilhões de dólares.
Os fundos geridos por ela, por exemplo, são donos de pouco mais de 6% da Apple e de quase 7% da Microsoft. Ela é bem importante mesmo! E no início desse ano, a BlackRock, através de seu CEO, o Larry Fink que mencionei há pouco, lançou 10 visões para a economia global de 2022, ao tentar responder à pergunta “Como prosperar em um novo regime de mercado?”.
Questão difícil, não acha? A pandemia da covid-19 trouxe, como resultado drástico e imediato, a perda de milhares de vidas, mas seus efeitos perduram por mais de dois anos, afinal, é fácil ver o aumento da inflação em todo o globo e a redução de crédito no mercado financeiro, associada à diminuição de gasto dos consumidores. A propósito, essa foi a primeira visão: o comportamento do consumidor mudou, assumindo uma postura mais comedida, de contenção de gastos mesmo!
E não é verdade? Apenas recentemente é que as pessoas têm tido mais segurança em viajar, ainda mais para fora do país. A segunda visão é um pouco pessimista, pois para a BlackRock, a alta da inflação não é provisória – e, de fato, de janeiro de 2022 pra cá, a inflação aumentou bastante, embora o mês de agosto tenha começado com uma queda nos índices. Bom, essa é apenas a primeira de algumas análises que traremos na coluna sobre essas visões, provocando você, leitor, a pensar comigo: será que o Larry Fink estava certo?
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