Natal terá esquema especial de policiamento para um ato pela democracia e por eleições livres em todo o Brasil, nesta quinta-feira (11). A manifestação denominada “Ato de Democracia da defesa das Urnas” reunirá manifestantes de Organizações da sociedade civil, entidades estudantis, sindicatos e partidos políticos.
De acordo com os organizadores, a concentração para o evento será no Midway, seguida de caminhada até a Árvore de Natal – no bairro de Mirassol, a partir das 15h.
Segundo o Comando de Policiamento da Capital (CPC), o efetivo da Polícia Militar contará além do policiamento ostensivo diário, com um reforço de mais de 30 agentes, 6 viaturas, 6 moticicletas e 6 Conjuntos de animais para “preservar a Ordem Pública no local marcado para a concentração da manifestação, bem como em outros que a massa se deslocar e zelar pela preservação dos direitos de ir e vir, e de se manifestar pacificamente, cumprindo a missão preventiva da Polícia Militar”.
A Operação contará com equipes do CPC (Comando de Policiamento da Capital), dos 1º e 5º Batalhão de Polícia Militar, do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb), do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), da Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (ROCAM) e do Regimento de Policia Montada (RPMON).
A Corporação ainda informou que “em caso de identificação de manifestantes de movimento contrário ao evento em locais críticos, deverá ser solicitada a saída do local para evitar ocorrências, tendo em vista a segurança de todos”.
O protesto foi originado pela assinatura de uma carta em defesa da democracia com adesão de mais de 850 mil brasileiros, incluindo signatários do Amazonas. O documento será lido durante a programação da manifestação em Natal. Até o momento, ao menos 21 capitais já têm atos confirmados.
A ideia dos atos em favor da democracia em 11 de agosto teve início após a elaboração da Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito, organizada pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). O documento é uma alusão a uma carta lida em agosto de 1977, em plena ditadura militar, em frente ao prédio da faculdade, na cidade paulistana.
A nova carta, que até esta quarta-feira (10) contava com mais de 850 mil adesões, foi divulgada logo após o presidente Bolsonaro se reunir com mais de 40 embaixadores no último dia 18 de julho para por em dúvida o sistema eleitoral brasileiro. O evento foi considerado o estopim de ataques às eleições e à democracia.
A Carta às Brasileiras e aos Brasileiros é assinada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e por outros signatários de peso, como ministros eméritos do Supremo Tribunal Federal.
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