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Buscas por embarcação de Bruno Pereira e Dom Phillips continuam

Polícia Federal analisou amostras de sangue do barco do suspeito

por: NOVO Notícias

Publicado 17 de junho de 2022 às 10:48

Foto: Comunicação Social – SR/PF/AM

O comitê de crise, coordenado pela Polícia Federal do Amazonas, que atua nas buscas pelo indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, informou, na noite desta quinta-feira (16), que a embarcação que estava sendo utilizada pela dupla ainda não foi encontrada.

Em comunicado à imprensa, o comitê afirmou que a embarcação não foi localizada “apesar de exaustivas buscas realizadas nesta data no perímetro apontado por Amarildo da Costa Oliveira, vulgo ‘Pelado’”.

Segundo a nota, das amostras coletadas no barco do suspeito foi obtido um perfil genético completo, de indivíduo do sexo masculino. “Confrontando-o com os perfis genéticos de referência dos desaparecidos, o Instituto Nacional de Criminalística excluiu a possibilidade desse vestígio ser proveniente de Dom Phillips. A possibilidade de ser originada de Bruno restou inconclusiva, sendo necessária a realização de exames complementares”, afirma o documento.

O avião da Polícia Federal que transportou os remanescentes humanos encontrados durante as buscas pousou, por volta das 18h30, no Aeroporto de Brasília. O material foi levado para o Instituto Nacional de Criminalística, onde já começou a ser periciado para confirmação da identidade. A previsão da PF é que a perícia seja concluída na próxima semana.

O caso

O indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, correspondente do jornal The Guardian no Brasil, estavam desaparecidos desde 5 de junho na região do Vale do Javari, no oeste do Amazonas.

De acordo com a coordenação da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Bruno Pereira e Dom Phillips chegaram no dia 3 no Lago do Jaburu, nas proximidades do rio Ituí, para que o jornalista visitasse o local e fizesse entrevistas com indígenas.

Segundo a Unijava, no dia 5 os dois deveriam retornar para a cidade de Atalaia do Norte, após parada na comunidade São Rafael, para que o indigenista fizesse uma reunião com uma pessoa da comunidade apelidado de Churrasco. No mesmo dia, uma equipe de busca da Unijava saiu de Atalaia do Norte em busca de Bruno e Dom, mas não os encontrou e eles foram dados como desaparecidos.

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