Segundo a vítima, Welica Ribeiro, uma mulher loira perguntou se ela poderia ‘tirar o cabelo’ de perto dela, caso contrário, poderia ‘passar alguma doença’. No depoimento do irmão de Welica, Agnes Vajda foi registrada como sendo a mulher que fez as ofensas.
Publicado 3 de maio de 2022 às 09:08
A polícia de São Paulo vai investigar um caso de racismo que provocou uma grande confusão na noite desta segunda-feira (2) em uma estação de metrô. Segundo a vítima, Welica Ribeiro, uma mulher loira questionou se ela poderia ‘tirar o cabelo’ de perto, caso contrário, poderia ‘passar alguma doença’.
Welica, que é do Rio de Janeiro, estava com o irmão e os pais quando a mulher começou a falar de seu cabelo.
Samuel Lopes, uma das testemunhas, estava ao lado de Welica no metrô. “A mulher falou assim: ‘moça, você podia dar licença e tirar seu cabelo? Você pode passar alguma doença para mim’. Falou com cara de cinismo mesmo”, explicou.
Indignados, os outros passageiros do vagão chegaram bloquear a saída da estação até a chegada da polícia.
Depois do acontecido, Welica, seu irmão e Samuel foram até a delegacia onde o caso vai ser investigado. A mulher que fez as ofensas também foi ouvida na delegacia.
No termo de depoimento que o irmão da vítima prestou, foi registrado o nome de Agnes Vajda como sendo a mulher que proferiu as ofensas. Nas redes sociais, ela se identifica como assistente consular do Consulado da Hungria em São Paulo.
“As pessoas precisam entender que precisamos ser respeitados. A gente merece respeito”, desabafou Welica.
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