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Teólogo diz que Jesus sofreu abuso sexual e Michelle Bolsonaro reage

A tese é defendida pelo professor de teologia e questões públicas da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, o anglicano David Tombs

por: NOVO Notícias

Publicado 11 de abril de 2022 às 14:40

Foto: Pierre-Philippe MARCOU/AFP

Uma reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, neste fim de semana, expôs uma tese de que Jesus Cristo foi abusado sexualmente antes de ser crucificado. A tese é defendida pelo professor de teologia e questões públicas da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, o anglicano David Tombs.

Prestes a lançar um livro sobre o tema e com artigos publicados, ele defende que os relatos de nudez de Jesus Cristo na bíblia, durante a crucificação, apontam que ele foi abusado sexualmente. Ele destaca uma passagem em especial:

No Evangelho de Marcos é relatado que uma coorte (uma unidade militar de cerca de 500 solados) assistiram Jesus se despir enquanto ele era espancado.

“Então, Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou-lhes Barrabás, e, açoitado Jesus, o entregou para que fosse crucificado. E os soldados o levaram para dentro do palácio, à sala da audiência, e convocaram toda a coorte. E vestiram-no de púrpura e, tecendo uma coroa de espinhos, lha puseram na cabeça. E começaram a saudá-lo, dizendo: Salve, Rei dos judeus! E feriram-no na cabeça com uma cana, e cuspiram nele, e, postos de joelhos, o adoravam. E, havendo-o escarnecido, despiram-lhe a púrpura, e o vestiram com as suas próprias vestes, e o levaram para fora, a fim de o crucificarem.”

De acordo com Tombs, embora haja uma resistência em entender a nudez sem consentimento como um abuso sexual, o que Jesus passou foi uma violência. “Vejo a nudez forçada de Cristo como uma forma de violência sexual”, afirmou à Folha. De acordo com a reportagem, “por séculos, as artes plásticas traduziram o desnudamento antes da execução como um aspecto lateral, que Jesus encarou serenamente ao subir à cruz que marcou o pensamento do Ocidente.”

Repercussão

Pelo Twitter, nesta segunda-feira (11), a primeira-dama Michelle Bolsonaro criticou a opinião do teólogo. Pela rede social, Michelle chamou a afirmação de “insanidade”, “cristofobia” e “falta de escrúpulos”.

O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) também usou as redes sociais para criticar a reportagem. Segundo ele, a matéria faz um “ataque frontal contra o cristianismo”.

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