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Coluna Vinho e Gastronomia – por Rodrigo Lima – 21 de março

por: NOVO Notícias

Publicado 21 de março de 2022 às 16:30

COLUNA VINHO E GASTRONOMIA – POR RODRIGO LIMA

 

Produtores brasileiros exportaram 12,4 milhões de litros – dobro de todo o ano de 2020

O ano de 2021 fechou com um aumento de 83,25% nas exportações de vinhos brasileiros comparando com 2020. Os 8.132.342 litros, ou seja, 10,8 milhões de garrafas que saíram do Brasil nos 12 meses chegaram a 53 países, com destaque para o Paraguai, Rússia, China e Estados Unidos.  A performance não é recorde, mas mostra um importante movimento no último ano, associado a boa imagem do vinho brasileiro no mercado interno e externo diante de sua qualidade reconhecida, além do câmbio favorável e de ações em feiras, missões comerciais e eventos promocionais. Outro aspeto que chama a atenção dos consumidores do mundo interior é a diversidade brasileira, seja de castas, seja de estilos de vinhos e espumantes. O Brasil é um país continental que hoje elabora vinhos em 26 regiões em 10 estados brasileiros. “Temos um portfólio de vinhos e espumantes que agradam aos mais variados paladares em todos os continentes. Temos espumantes e vinhos nobres mais elaborados, assim como vinhos e espumantes mais descontraídos. Essa facilidade em beber é que tem encantado outras culturas”, destaca o presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), Deunir Luis Argenta. Em 2021, o Brasil avançou ainda mais na conquista de prémios internacionais. Foram 414 medalhas – recorde histórico -, 29% a mais que em 2020, com medalhas em 18 concursos realizados na Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Espanha, França, Grécia, Hungria, Inglaterra, Luxemburgo e Portugal.

As mudanças climáticas redesenham o mapa da produção de vinhos

Regiões historicamente muito frias, com problemas sistemáticos de maturação plena de uvas e ausência de teores prováveis de álcool aceitáveis, são hoje berço de alguns dos mais excitantes e aclamados vinhos da atualidade – veja-se o sul de Inglaterra. Pelo contrário, as regiões de clima habitualmente mais quente debatem-se com sérios problemas de recursos hídricos e de sobrevivência das plantas – atentemos às preocupações das zonas mais continentais de Espanha. Pelo meio, as dores de cabeça provocadas por episódios frequentes de intempéries ou fenómenos recorrentes – na Borgonha e no Vale do Loire alguns produtores terão, em 2021, metade da produção do ano anterior em consequências das severas geadas; a Alemanha e a Áustria debateram-se com intensas cheias que inundaram adegas; a Alemanha enfrenta problemas que a têm impedido de atingir as quantidades habituais de ice wine devido aos verões anormalmente escaldantes e aos outonos mais brandos; a Califórnia tem visto manchas de vinhas e dezenas de edifícios reduzidos a cinzas na sequência de incêndios de proporções impensáveis.

The Macallan revela “The Reach”, Single Malt que foi produzido durante a Segunda Guerra Mundial

“The Reach” é um raro Single Malt com 81 anos de envelhecimento, produzido a partir de apenas uma barrica de carvalho ex-Xerez. De cor intensa, este whisky é engarrafado num requintado decantador feito à mão, por artesãos vidreiros escoceses especialistas em vidro soprado, e cuidadosamente apoiado sobre uma escultura de bronze que representa três mãos.

Cada mão representa figuras fundamentais na história de The Macallan. Uma das mãos celebra os trabalhadores da destilaria que em 1940 materializaram o espírito da marca em tempos desafiantes. A segunda mão representa Allan Shiach, cujo avô foi pioneiro no engarrafamento deste precioso whisky. A terceira e última mão representa a atual Master Whisky Maker, Kirsteen Campbell, que selecionou cuidadosamente o whisky em barrica desde 1940.

Esta escultura em bronze é obra da celebrada escultora Saskia Robinson e o cofret é feito a partir de uma arvore caída na herdade de The Macallan, indo ao encontro dos valores de exclusividade e de sustentabilidade que a marca procura integrar na sua produção. Esta edição limitada resume-se a apenas 288 decantadores por todo o mundo e terá um preço de 110 mil euros.

Vinho da Semana

Coteaux Bourguignons Rouge 2018 – Michel Noellat

O vinho da semana é o Coteaux Bourguignons de Michel Noellat, um exemplar muito bem elaborado por esse instigante produtor de vinhos da Borgonha que possui mais de 100 vinhedos em 22 apelações. De visual Ruby claro, é proveniente de vinhedos de 50 anos de idade, e de uva 100% Pinot Noir, possuindo aproximadamente 1 hectare, em solo argilo calcáreo. Possui aromas de frutas negras frescas, flores e algo de especiarias, em boca é fresco, leve e possui grande acidez, os taninos são finos e elegantes, um vinho para beber de litros!  Importado pela Grand Cru – R$ 229,90