Socialmente, mulheres são mais estimuladas desde a primeira infância a expressarem sentimentos e adquirirem certa maturidade para lidar com os sentimentos alheios de forma compreensiva e acolhedora. O desenvolvimento desse tipo de inteligência emocional tão cedo faz com que, em geral, durante a vida adulta, mulheres acabem desenvolvendo mais habilidades de gestão de conflitos, mentoria, liderança inspiradora e entendimento organizacional.
Neste contexto, em redes e empresas que trabalham com a gestão do luto e serviços funerários, a presença de mulheres, principalmente em cargos de liderança, se torna cada vez mais comum, como é o caso do cemitério e crematório Morada da Paz, empresa do Grupo Morada. Quem explica essa tendência é Mariana Cedraz, que, formada em Estatística, começou a trabalhar na organização em 2015 como analista de Inteligência de Mercado, e graças às suas competências, agora gerencia a área de Cuidados ao Cliente nos três estados em que a empresa atua – Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba.
No seu atual cargo, Mariana orienta e direciona suas equipes para um atendimento de excelência com o olhar voltado às necessidades dos clientes. Para a profissional, o fato de ser mulher e liderar mulheres dá uma cara nova para o trabalho, trazendo solidez ao serviço sem deixar faltar a sensibilidade no tratamento do cliente. “A maior parte da equipe é composta por mulheres, acredito que pela capacidade do diálogo, empatia e flexibilidade que se fazem presentes na maioria das pessoas do sexo feminino”.
No Grupo Morada, a participação feminina nas equipes, nos três estados, representa 43% dos mais de 600 colaboradores. O detalhe é que na Gerência de Cuidado ao Cliente, 78% são mulheres, entre mais de 100 colaboradores somente desta área.
Para essas mulheres, é como se a jornada de trabalho fosse um constante processo de gerenciamento de danos, já que, falando sobre luto, os clientes precisam de uma dose extra de empatia e demandam um nível de atenção redobrado das colaboradoras. A sensibilidade direciona o atendimento até nas horas de entender quando o cliente pode tomar decisões e quais são as formas mais respeitosas de exercer o trabalho sem ignorar o luto e o estresse emocional que essas pessoas estão passando.
Para a cerimonialista Lucineide Bento da Silva, ao desempenhar um trabalho que envolve tanta responsabilidade, é essencial gostar de pessoas, se colocando no lugar delas e tomando o luto como uma força para honrar a memória dos que se foram. “Nossa equipe de cerimonialistas é composta por 5 mulheres, e juntas trabalhamos de mãos dadas entendendo a responsabilidade que temos com nosso trabalho para as famílias enlutadas, que acolhemos com nosso carinho, nosso profissionalismo e sobretudo com respeito à dor do próximo”, relata Lucineide.
No atendimento das necessidades dos familiares que perderam um ente querido, é necessário transformar os cemitérios e centros funerários em um espaço que vai além de um ambiente de prestação de serviços, tornando-o um local seguro e confiável de troca e acolhimento profissional. “O processo do luto não é linear, ele apresenta altos e baixos, logo, vão ter alguns dias bons e outros nem tanto. Precisamos estar atentas aos sinais e em sincronia com os sentimentos dos nossos clientes para entendê-los até nos piores dias dessa fase”, conclui Mariana Cedraz.
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