O procurador-geral da República, Augusto Aras, recomendou, nesta sexta-feira (18) o arquivamento de outro inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), envolvendo suspeitas de prevaricação no caso da compra da vacina indiana.
A suspeita era que Bolsonaro tinha conhecimento de supostas irregularidades. A PGR acompanhou o entendimento da Polícia Federal e apontou que não houve crime por parte do presidente.
Segundo a PF, não há indícios materiais de conduta criminosa por parte do chefe do Planalto. A corporação também argumentou que, mesmo tendo conhecimento de possíveis irregularidades, o presidente não era obrigado a comunicar sobre as suspeitas para deflagrar a abertura de investigações. Agora, cabe à ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber decidir sobre a questão.
Entenda
A investigação contra Bolsonaro é fruto da CPI da Covid no Senado. O servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda afirmou que foi pressionado a assinar um documento que adiantava o pagamento para a compra do imunizante indiano Covaxin, contrariando o contrato firmado com a empresa Precisa Medicamentos, intermediadora do laboratório Bharat Biotech no Brasil.
Miranda contou que relatou os fatos a Bolsonaro em uma reunião no Palácio da Alvorada, mas o presidente não pediu a abertura de investigação pela Polícia Federal. À época, a revelação expôs uma série de contradições no discurso bolsonarista a respeito de imunizantes e corrupção.
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