A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (15) a 5ª fase da Operação Quinta Coluna para aprofundar as investigações sobre a lavagem de dinheiro praticada pelo homem apontado como líder de uma associação criminosa responsável por remeter drogas para a Europa a partir de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB).
Os agentes cumprem cinco mandados de busca e apreensão em Brasília e Florianópolis. As ordens foram expedidas pela Justiça Federal, que ainda determinou o sequestro e bloqueio de cinco imóveis, uma academia de ginástica e dois veículos de luxo ligados aos investigados.
Além disso, a ordem de bloqueio atinge R$ 2 milhões referentes a um empréstimo realizado pelo investigado e R$ 1,6 milhão em contas do suspeito e de suas empresas.
De acordo com a PF, as investigações apontam que a aquisição de bens e movimentação de valores foram realizadas majoritariamente em espécie e que o investigado teria usado seus familiares como “laranjas” para as compras.
Os investigadores ainda identificaram o uso de empresas de fachada para “dissimular a propriedade de imóveis e movimentação de vultosas quantias”. A Polícia Federal diz que os investigados podem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, com penas que podem chegar a 13 anos de reclusão.
A Operação Quinta Coluna foi inicialmente deflagrada em fevereiro para investigar pessoas que se associaram ao sargento Manoel Silva Rodrigues “de forma estável e permanente, para a prática do crime de tráfico ilícito de drogas, tendo sido apresentado à Justiça elementos que indicam pelo menos mais uma remessa de entorpecente para Espanha”. O militar foi detido em 2019 na Espanha com 39 quilos de cocaína quando viajava como parte da tripulação de apoio do presidente Jair Bolsonaro.
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