O Fantástico exibiu neste domingo (9) depoimento de Déa Lúcia Amaral, mãe de Paulo Gustavo, que morreu no último dia 04, vítima de complicações do Covid-19. Ela conversou com a jornalista Renata Ceribelli e falou sobre o período em que o ator esteve internado em decorrência da doença.
“A corrupção mata! E roubar na pandemia é assassinato. Eu chorei com cada mãe, e choro e continuarei chorando, mas essa luta vai ser minha. Eu vou lutar agora e vou falar o tempo todo. Desculpa o meu desabafo. Na pandemia, cada morte de um filho eu chorava por essa mãe, sem saber que meu filho ia passar por isso”, lamentou Déa.
“Eu vou falar o meu filho merece que eu fale”, começou ela enxugando as lágrimas. E continuou.
“Eu fiquei 53 dias rezando, pedindo a Deus força. A morte é uma coisa certa na vida da gente. A gente só espera que uma mãe vai na frente. É muito duro. Não tô bem, mas eu sou capaz de rir. Quando falo dele eu conto as coisas eu rio, porque ele detestava quando eu chorava. Ele dizia: ‘Lá vem a mamãe’. Então eu tenho que ter força”, disse.
Ela aproveitou para agradecer a todos que estiveram rezando pelo seu filho nesse longo período.
“Eu quero agradecer ao povo brasileiro todo esse apoio que me deram, de oração o tempo todo. Eu não sabia do tamanho que meu filho representava. Ele passou que nem um cometa pela vida. Você acredita que ele estreou no dia 4 de maio, às 9 horas da noite e morreu no dia 4 de maio às 9:12 horas da noite? Ele começou um círculo e terminou o círculo. É incrível, tudo dele é muito incrível”, revelou.
A repórter lembrou que a personagem também virou um símbolo das mães na aceitação de filhos gays. “Eu estou triste, muito triste. Mas meu filho deixou um exemplo maravilhoso contra o preconceito. Meu filho casou, meu filho formou família, meu filho foi amado, ele constituiu tudo. Eu tenho dois netos maravilhosos. Mas isso que ele teve, uma família que segurou, que deu amor.
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