Segundo o Ministério da Saúde, um adolescente recebeu três vezes o imunizante da AstraZeneca e um outro três doses da Pfizer, única vacina liberada pelo Plano Nacional de Imunização para este público
Publicado 16 de setembro de 2021 às 16:38
O Ministério da Saúde divulgou durante uma coletiva na tarde desta quinta-feira (16) que nove adolescentes no Brasil tomaram três doses da vacina para covid-19, cinco no Mato Grosso do Sul, dois no Rio Grande do Norte e dois em São Paulo. De acordo com órgão, um adolescente recebeu três vezes o imunizante da AstraZeneca e um outro três doses da Pfizer, única vacina liberada pelo Plano Nacional de Imunização para este público.
Ainda segundo o Ministério se torna inviável coordenar uma campanha nacional de imunização quando se tem registrados casos como esses no RN. A Secretaria Estadual de Saúde Público (Sesap) informou que houve um erro de notificação e que está apurando o caso.
De acordo com uma apresentação exposta pela Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo, 11.166 adolescentes potiguares já foram vacinados, sendo 107 com a AstraZeneca, 292 com a CoronaVac, 10.758 com o imunizante da Pfizer e 9 com a dose única da Janssen.
Ainda segundo o Ministério, no período de 18 de janeiro a 5 de setembro foi registrado 1545 eventos adversos nesses adolescentes de 12 a 17 anos. Durante a coletiva de imprensa, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, esclareceu a revisão da norma para vacinação de adolescentes menores de 18 anos.
“5570 secretários de saúde do Brasil, sigam a recomendação do PNI. Não dá pro Ministério da Saúde se responsabilizar por condutas fora das recomendações sanitárias do país”, disse Queiroga.
O Ministério da Saúde também fez a recomendação para que os adolescentes que já tomaram a primeira dose não compareçam aos postos de vacinação para completar o esquema vacinal temporariamente.
Suspensão
O Ministério da Saúde publicou uma nota informativa nesta quarta-feira (15) em que volta atrás sobre a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades. Agora, a orientação do ministério é que não seja feita a vacinação deste grupo.
A vacinação deve ficar restrita a três perfis específicos: adolescentes com deficiência permanente, adolescentes com comorbidades, e adolescentes que estejam privados de liberdade.
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