Depois da falha técnica com avião presidencial na última segunda-feira (30) o comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro-do-ar Marcelo Damasceno, defendeu nesta quinta-feira (3) a compra de um novo avião presidencial.
“Pessoalmente eu defendo [a compra de uma nova aeronave]. Esse avião completa 20 anos em 5 de janeiro. O avião é seguro, mas além disso ele tem autonomia que nos atende em parte. Acho que um País como o nosso, uma potência mundial, entre as dez maiores economia do mundo deve ter um avião maior, que tenha mais autonomia e mais espaço para levar o mandatário do país”, disse Damasceno.
O militar faz coro ao presidente Lula Inácio Lula da Silva (PT), que acha o modelo do avião presidencial comprado “antiquado” e voltou a considerar sua substituição. Desde o primeiro ano deste governo, o presidente Lula manifestou intenção de substituir o atual modelo Airbus A319-ACJ por um maior, o Airbus A330.
A FAB tem em sua frota dois destes modelos comprados por Jair Bolsonaro (PL) em 2022 por US$ 80 milhões (R$ 403,8 milhões na cotação atual). A ideia de Lula já era dispor de mais espaço, maior conforto e de uma ala expandida para convidados e equipe de apoio. Suíte com cama de casal e banheiro com chuveiro, um gabinete de trabalho privativo, uma sala de reuniões e cerca de 100 poltronas semileito também estavam nas demandas do presidente.
Mas a ideia esbarrou em duas dificuldades: a Força Aérea precisa da aeronave para missões de reabastecimento em voo dos seus caças, para deslocamento rápido de pessoal e para missões de socorro aeromédico. Além disso, o custo da conversão do Airbus para o arranjo executivo é alto.
Um desses aviões foi empenhado na missão de resgate de brasileiros no Líbano. O atual avião presidencial, modelo Airbus A319 e chamado de VC-1 pela FAB, foi adquirido em 2004, no primeiro mandato de Lula e custou US4 56,7 milhões – US$ 91,7 milhões em valores corrigidos, que na cotação atual é pouco mais de R$ 503 milhões.
Ele foi construído em Hamburgo, na Alemanha, batizado oficialmente de Santos Dumont, tem capacidade para até 40 passageiros e pertence ao Grupo de Transporte Especial (GTE), unidade da FAB responsável pela realização das missões solicitadas pelo Planalto.
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