Nas eleições 2024, Polícia Federal terá seis mil policiais nas ruas para coibir compra de votos. Foto: Polícia Federal

Nas eleições 2024, Polícia Federal terá seis mil policiais nas ruas para coibir compra de votos. Foto: Polícia Federal

Operação Eleições 2024: Polícia Federal já apreendeu R$ 16,7 milhões em bens

A Polícia Federal abriu nesta sexta-feira (4) mais uma série de ofensivas para desbaratar crimes eleitorais às vésperas das eleições de 2024

por: Agência Brasil

Publicado 4 de outubro de 2024 às 16:00

A Polícia Federal abriu nesta sexta-feira (4) mais uma série de ofensivas para desbaratar crimes eleitorais às vésperas das eleições de 2024. Em Rondônia, um prefeito, candidato à reeleição, foi preso transportando R$ 30 mil em espécie que seriam usados em sua campanha, sem declaração. Já na Bahia, os investigadores prenderam quatro integrantes de um esquema de troca de exames médicos por votos.

No Ceará, a PF investiga um esquema de compra de votos por parte do crime organizado que financia campanhas. Durante as diligências, a corporação apreendeu R$ 600 mil em espécie que seriam usados para a compra de votos. Já em Goiás, a corporação investiga o uso de recursos públicos para compra de combustíveis a serem doados aos eleitores em benefício de candidato das eleições.

Em outra ofensiva na Bahia, a PF investiga um grupo ligado a uma servidora pública de Caraíbas que oferecia R$ 800 a eleitores para votassem em determinado candidato a prefeito. Em áudio, a mulher também prometeu a um eleitor que, caso o candidato vencesse as eleições, conseguiria um emprego para ele.

As diligências integram o esforço concentrado da Polícia Federal em todo o País para o combate de crimes eleitorais. Na quinta-feira (3) a corporação fez um primeiro balanço das ofensivas em 2024 e indicou que já apreendeu R$ 16,7 milhões em bens, sendo R$ 11 milhões em espécie.

Para o dia do pleito, um efetivo de seis mil policiais estará nas ruas para coibir compra de votos, aliciamento de eleitores e outros crimes eleitorais. Além disso, serão usados drones para monitorar áreas críticas de cometimento de crimes de boca de urna e compra de votos.

O candidato à prefeito preso em Rondônia foi flagrado transportando dinheiro em espécie não declarados à Justiça Eleitoral. O carro dele foi abordado em Nova Mamoré, pela Polícia Militar. A PF investiga o candidato por caixa 2 eleitoral, crime sujeito a pena de até 5 anos de reclusão e multa.

Em Juazeiro do Norte, quatro pessoas foram presas por envolvimento em um esquema de troca de exames médicos por votos. Elas prestaram depoimento e depois foram liberadas mediante pagamento de fiança. A PF ainda que identificar outros ligados ao esquema.

Polícia Federal intensifica atuação nas eleições 2024

Durante as eleições, a PF não só atende às requisições da Justiça Eleitoral, como também integra o Centro Integrado de Comando e Controle Nacional, coordenando ações com outros órgãos de segurança para assegurar a integridade do processo.

Uma das atuações de destaque neste ano foi a participação de peritos criminais federais nos testes de validação das urnas eletrônicas, garantindo a confiabilidade do sistema de votação. As maiores preocupações da PF nas eleições de 2024 incluem o aumento da difusão de fake news e desinformação sobre o processo eleitoral, o uso indevido de inteligência artificial e deepfakes em propagandas, a violência política, especialmente a violência de gênero, e a participação do crime organizado no apoio a candidatos.

Em resposta, a PF tem atuado de forma integrada para enfrentar esses desafios, priorizando investigações e operações que visam inibir essas práticas. Estão em curso na PF cerca de 2.200 inquéritos policiais atinentes aos crimes eleitorais e contra o Estado Democrático de Direito. A integração com a Justiça Eleitoral e outras forças de segurança tem sido fundamental para garantir um pleito seguro e transparente.

A PF reafirma seu compromisso com a proteção do Estado Democrático de Direito, utilizando tecnologia de ponta, capacitação contínua e operações coordenadas para garantir a legitimidade das eleições e coibir práticas ilícitas.

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