Medicina Mateus da Costa Meira, o "atirador do Shopping Morumbi", foi solto considerado inimputável pela Justiça. Foto: Reprodução

Medicina Mateus da Costa Meira, o "atirador do Shopping Morumbi", foi solto considerado inimputável pela Justiça. Foto: Reprodução

Brasil

Inimputável Atirador do Shopping Morumbi, em SP, deixa prisão após 25 anos

Em 2004, Meira foi condenado a 120 anos de prisão pelos crimes – pena reduzida em 2007 para 48 anos e nove meses de prisão em regime fechado

por: Caio Possati e Renata Okumura, da Agência Estado

Publicado 27 de setembro de 2024 às 17:00

Após 25 anos de prisão, o ex-estudante de Medicina Mateus da Costa Meira, o “atirador do Shopping Morumbi”, foi solto. A informação é da Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia. A defesa dele não foi localizada.

“A SEAP confirma a soltura de Mateus da Costa Meira, em uma decisão do Tribunal de Justiça da Bahia”, disse a pasta. Por sua vez, o órgão judicial disse apenas que o processo do réu tramita em segredo de Justiça.

No dia 3 de novembro de 1999, o ex-estudante invadiu uma sala de cinema do Shopping Morumbi, durante uma sessão do filme “Clube da Luta”, atirando diversas vezes com uma submetralhadora contra pessoas que estavam no local. Três morreram e outros também ficaram feridos.

Em 2004, Meira foi condenado a 120 anos de prisão pelos crimes – pena reduzida em 2007 para 48 anos e nove meses de prisão em regime fechado.

Em fevereiro de 2009, Meira foi transferido do Presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, para a Penitenciária Lemos Brito, em Salvador, para cumprir o restante da pena na capital baiana, onde nasceu.

Em maio do mesmo ano, cumprindo pena em Salvador, tentou matar a golpes de tesoura um companheiro de cela, o espanhol Francisco Vidal Lopes. A vítima não teve ferimentos graves, mas o agressor foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio.

Dois anos depois, em 2011, por decisão da 1º Vara do Tribunal do Júri de Salvador, respaldada em laudo que apontou esquizofrenia, Meira foi considerado inimputável e transferido para um hospital psiquiátrico da cidade, onde permaneceu até agora.

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