Ministro do STJ abandonou sessão após ministra dizer que iria ler o voto. Foto: Reprodução Youtube

Ministro do STJ abandonou sessão após ministra dizer que iria ler o voto. Foto: Reprodução Youtube

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Chilique Ministro critica ministra, abandona sessão e provoca mal estar no STJ. Assista

Ele interrompeu a ministra e questionou: “Senhor presidente, mas vai ler o voto? Ele (Paulo Sérgio Domingues) está pedindo vista”. O ministro afirmou ainda que os colegas iriam “esquecer” o teor do voto

por: NOVO Notícias

Publicado 20 de setembro de 2024 às 15:30

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luiz Alberto Gurgel de Faria abandonou a sessão da Primeira Turma da Corte na terça-feira (17) em protesto porque a colega, ministra Regina Helena Costa, quis ler o voto em um processo que teve pedido de vista (mais tempo para análise) e não seria julgado na sessão.

Ele interrompeu a ministra e questionou: “Senhor presidente, mas vai ler o voto? Ele (Paulo Sérgio Domingues) está pedindo vista”. O ministro afirmou ainda que os colegas iriam “esquecer” o teor do voto e insistiu: “Cá para nós, a gente já leu o voto, o voto está no sistema. Vossa Excelência vai ler para quem o voto?”

Depois que a ministra insistiu para fazer a leitura, o ministro do STJ pediu licença e se ausentou da sessão. Assista abaixo o momento no qual o ministro reclama e se retira da sessão:

Regina Helena afirmou que não entendeu a reação do colega. “São 15h45. Eu não entendi essa reação. Esse é um tema diferente, não é uma coisa banal, eu gostaria de ler meu voto, porque eu não vou ler meu voto quando vier o voto-vista.”

O gabinete do ministro do STJ divulgou uma nota após o episódio. Ele lamentou a divergência e afirmou que teve a oportunidade de conversar e de se desculpar pessoalmente com a colega depois da sessão.

“O ministro Gurgel de Faria renova o seu pedido de sincera escusa pela forma equivocada com que se dirigiu à ministra Regina Helena”, diz a manifestação.

Na nota, ele afirmou que tem “respeito e admiração” pela ministra, “com quem construiu um relacionamento de amizade e de convívio gentil e pacífico desde que iniciaram o trabalho no Superior Tribunal de Justiça, há mais de dez anos”.

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