Cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) o "cometa do século", capturado na Espanha em 8 de maio de 2024. Foto: José J. Chambó/cometografia.es

Cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) o "cometa do século", capturado na Espanha em 8 de maio de 2024. Foto: José J. Chambó/cometografia.es

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Astronomia ‘Cometa do século’ deve ser visível a partir do próximo dia 22, prevê Observatório

Com previsão de ser visível a olho nu, sua trajetória, que o aproxima consideravelmente do Sol e da Terra entre setembro e outubro de 2024, tem gerado grande entusiasmo na comunidade científica

por: Observatório Nacional

Publicado 11 de setembro de 2024 às 19:00

Os astrônomos e entusiastas da astronomia estão com grande expectativa para a passagem do cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan–ATLAS), o “cometa do século”, que pode se tornar um dos eventos astronômicos mais marcantes de 2024.

Com previsão de ser visível a olho nu, sua trajetória, que o aproxima consideravelmente do Sol e da Terra entre setembro e outubro de 2024, tem gerado grande entusiasmo na comunidade científica.

Conforme explicou o astrônomo do Observatório Nacional, Filipe Monteiro, a máxima aproximação do Cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) com a Terra acontece no domingo, 13 de outubro de 2024, a uma distância de 0,472764 Unidades Astronômicas, ou 70.724.459 quilômetros.

Já o seu periélio (maior aproximação ao Sol) ocorrerá em 27 de setembro de 2024, a uma distância de 0,391 UA.

“Desde agosto até a última semana de setembro o cometa ficará ofuscado pelo brilho do Sol, pois está muito aparentemente muito próximo do Sol, dificultando a sua observação. A partir da última semana de setembro, por volta do dia 22, o cometa poderá ser visto no céu ao amanhecer. No entanto, ele voltará a ficar muito próximo do Sol entre os dias 7 e 11 de outubro. Em seguida, ele se afastará novamente e, a partir de então, o cometa poderá ser visto logo após o pôr do sol”.

De acordo com Monteiro, não é possível afirmar com precisão se o “cometa do século” poderá ser visto a olho nu. Afinal, a intensidade do brilho desses objetos podem ser imprevisíveis. Por isso, é possível que haja a necessidade de fazer uso de outros instrumentos, tais como binóculos e telescópios.

“Os observadores deverão olhar para o horizonte oeste, na mesma direção do pôr do sol, para ver o cometa. O cometa está visível um pouco antes do amanhecer no final de setembro e logo após o pôr do Sol, quando transitará pelas constelações de Virgem (em setembro), Serpente e Ofiúco (outubro). A maior dificuldade será encontrar um lugar com o horizonte oeste livre, visto que o cometa está muito baixo no céu, numa altura de até 30 graus”, destacou o astrônomo.

O cometa C/2023 A3 foi descoberto em janeiro de 2023 pelo Observatório Chinês de Tsuchinshan e, posteriormente, confirmado pelo sistema ATLAS (Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System) em fevereiro do mesmo ano.

Sua órbita retrógrada e parabólica, que o faz se mover na direção oposta à maioria dos corpos celestes do sistema solar, o levará a uma distância mínima de 0,39 unidades astronômicas (UA) do Sol em 28 de setembro de 2024. Já a maior aproximação à Terra ocorrerá em 12 de outubro de 2024, a uma distância de 70,7 milhões de quilômetros.

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