O prefeito de João Dias, Marcelo Oliveira, foi assassinado na manhã desta terça-feira (27) em um atentado na zona rural da cidade. O ataque também resultou na morte do pai dele, Sandi Alves de Oliveira. As circunstâncias do atentado ainda são imprecisas, mas a Polícia Militar confirmou a ocorrência. O chefe do Executivo de João Dias foi socorrido em um hospital da cidade paraibana de Catolé do Rocha, mas não resistiu aos ferimentos.
Marcelo Oliveira, que é candidato à reeleição pelo União Brasil. A morte do político foi confirmado pela Polícia Civil. Em nota, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social do Rio Grande do Norte (Sesed-RN) informou que já mobilizou efetivos operacionais da Polícia Militar e da Polícia Civil com o objetivo de identificar, localizar e prender os criminosos envolvidos no atentado.
De acordo com a Polícia Civil, ainda não há linha de investigação definida para o caso.
O crime foi registrado nesta manhã, no próprio município de João Dias, em condições ainda a serem esclarecidas. A motivação também está sendo investigada.
João Dias, uma das cidades mais polêmicas do Rio Grande do Norte, tem sido marcada pela influência de organizações criminosas. Em 2022, a eleição de Marcelo — cujo nome de batismo é Francisco Damião de Oliveira — e da vice-prefeita, Damária Jácome, ocorreu em meio a acusações de envolvimento com o crime organizado.
Damária tem vários parentes associados ao tráfico de drogas e armas. Atualmente, ela é candidata à Prefeitura de João Dias pelo partido Republicanos, concorrendo contra o atual prefeito, mas a candidatura dela ainda aguarda julgamento da Justiça Eleitoral.
Polêmica em 2022
Logo após a eleição de 2022, Marcelo renunciou ao cargo alegando problemas de saúde, mas posteriormente voltou ao cargo por meio de uma ordem judicial, afirmando que havia renunciado por pressões e ameaças de morte da família da vice-prefeita. Em julho de 2021, a vice-prefeita Damária assumiu o cargo de prefeita, mas enfrentou um mandado de prisão em dezembro por suspeitas de envolvimento com crimes.
Em 2022, o Ministério Público do Rio Grande do Norte deflagrou a Operação Omertá. As investigações apontaram que o grupo de Laete Jácome, pai de Damária, teria extorquido Marcelo para que ele renunciasse. Além disso, o grupo é suspeito de lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas e outros crimes, utilizando empresas de fachada para movimentações bancárias suspeitas.
Crime organizado
A família de Damária Jácome tem um histórico de prisões e confrontos com a polícia. Em 2021, dois de seus irmãos morreram em uma troca de tiros com a polícia na Bahia. Outros dois irmãos também foram presos por tráfico de drogas. O próprio Laete Jácome foi preso em flagrante em 2020, junto com outras seis pessoas, por posse ilegal de armas e munições.
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