Já foram registrados mais de 7 mil casos de febre oropouche no Brasil em 2024. Foto: Reprodução CFF

Já foram registrados mais de 7 mil casos de febre oropouche no Brasil em 2024 - Foto: Reprodução/CFF

Cotidiano

Saúde Infectologista esclarece mitos e verdades sobre a febre oropouche

A infecção é transmitida por um mosquito comumente chamada de maruim

por: NOVO Notícias

Publicado 30 de julho de 2024 às 17:12

Já foram registrados mais de 7 mil casos de febre oropouche no Brasil em 2024. Foto: Reprodução CFF

Já foram registrados mais de 7 mil casos de febre oropouche no Brasil em 2024 – Foto: Reprodução/CFF

A febre oropouche, uma doença viral transmitida principalmente pelo mosquito Culicoides paraensis, também conhecido como maruim, tem se tornado uma preocupação crescente no Brasil.

O infectologista e professor de medicina da Universidade Potiguar (UnP), integrante do ecossistema de educação em saúde Inspirali, esclarece os principais mitos e verdades sobre a doença.

Mitos

  • A febre oropouche só ocorre na Amazônia

“Embora a febre oropouche seja mais prevalente na região Amazônica, não está restrita a essa área. Casos mais recentes já foram registrados em outras partes do Brasil. Na Bahia, há registros de duas mortes”, adverte o especialista.

  • A febre oropouche é transmitida de pessoa para pessoa

“Na verdade, a transmissão ocorre através da picada de mosquitos infectados, não havendo transmissão direta entre humanos”.

  • Só quem vive em áreas rurais está em risco

“O risco não está limitado a áreas rurais. Pessoas em áreas urbanas também podem ser infectadas, especialmente se vivem próximas a florestas ou rios, onde os mosquitos vetores estão presentes”, explica Igor.

  • Só adultos podem contrair a febre oropouche

A febre oropouche pode afetar pessoas de todas as idades, incluindo crianças e idosos. Todos que são picados pelo mosquito infectado estão em risco.

Verdades

  • Sintomas são semelhantes aos da dengue

“Os sintomas da febre Oropouche podem ser facilmente confundidos com os da dengue. Febre alta, dor de cabeça, dores musculares e mal-estar são comuns em ambas as doenças. Também há o risco de retorno dos sintomas em pelo menos 60% dos casos em até duas semanas”, conta o infectologista.

  • Não há vacina disponível

“Infelizmente, ainda não dispomos de uma vacina para a febre oropouche. Reduzir a população do mosquito vetor através da eliminação de criadouros e uso de inseticidas é crucial. Além disso, a proteção individual com repelentes, roupas de manga longa e telas em portas e janelas são medidas eficazes para evitar picadas”.

  • A maioria das pessoas se recupera sem complicações

“Apesar de os sintomas serem debilitantes durante a infecção, raramente levam a consequências sérias”.

  • O diagnóstico é feito através de testes laboratoriais

“O diagnóstico da febre oropouche é confirmado através de testes laboratoriais, como PCR e sorologia, que detectam a presença do vírus ou anticorpos no sangue”, pontua o professor da UnP/Inspirali, Igor Queiroz.

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