A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) iniciou a retirada das aeronaves que ficaram ilhadas no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, nesse sábado (8). A primeira fase da operação prevê a retirada de nove dos 47 aviões que ficaram presos após o alagamento do aeroporto, que está fechado desde o dia 3 de maio.
A ação foi autorizada, em caráter excepcional, pela Anac e acontece com o apoio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), dos operadores aéreos e da Fraport Brasil, concessionária do Salgado Filho.
Para que as aeronaves conseguissem a autorização, a Anac explica que as empresas e indivíduos responsáveis pelos aviões precisaram aderir a um termo de responsabilidade. Além disso, foi exigida uma análise de risco por parte de cada operador de voo para que os aviões obtivessem uma autorização especial de voo, já que o aeroporto está com as operações suspensas.
As nove aeronaves são as primeiras a decolarem do Salgado Filho desde que o aeroporto foi inundado. A retirada das aeronaves deve ocorrer em horários pré-definidos pela Fraport Brasil em conjunto com o serviço de tráfego aéreo.
O Aeroporto Internacional Salgado Filho deve voltar a funcionar apenas na segunda quinzena de dezembro. A previsão de retorno das operações foi anunciada, na última segunda-feira (3/6), pelo ministro da Secretaria Extraordinária da Presidência da República de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta. Porém, o ministro condiciona a confirmação dessa previsão de reabertura à conclusão da análise da pista de pousos e decolagens, em julho.
Enquanto o Salgado Filho não volta a operar, a Base Aérea de Canoas, na região metropolitana da capital gaúcha, tem recebido voos comerciais em caráter emergencial, desde 27 de maio. E o Ministério dos Portos e Aeroportos anunciou que a partir de 10 de junho a quantidade de voos comerciais neste mesmo terminal militar irá dobrar, passando para dez partidas e dez chegadas diárias.
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