Um grupo de 21 baleias-piloto voltou a encalhar na manhã deste domingo na praia de Pititinga, em Rio do Fogo, litoral Norte do Rio Grande do Norte. O encalhe em massa mobilizou equipes do Projeto Cetáceos da Costa Branca (PCCB-UERN) e do Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental (CEMAM), que atuam no resgate e assistência dos animais.
As baleias-piloto (Globicephala macrorhynchus) foram encontradas desorientadas e com sinais de distúrbio neurológico. Este é o segundo episódio recente de encalhe na região. No dia 31 de maio, outro grupo encalhou em Pititinga, resultando na morte de quatro animais.
Exames realizados revelaram intensa parasitose nas bulas timpânicas, baixa imunidade, pneumonia, estômago vazio, coloração esverdeada devido ao refluxo de líquido do fígado, glóbulos no fígado, isquemia e centros hemorrágicos.
O Centro de Pesquisa e Conservação dos Mamíferos Aquáticos (ICMBio/CMA) também está no local, colaborando com o atendimento aos mamíferos encalhados. As baleias-piloto são conhecidas por sua natureza social e tendência a seguir um líder. Quando um líder se desorienta ou adoece, o grupo tende a encalhar junto.
As baleias-piloto são odontocetos, pertencentes ao grupo dos pequenos cetáceos que possuem dentes. Elas utilizam a ecolocalização para se comunicar e navegar pelos mares, localizando objetos e presas. Encalhes em massa, embora raros no Brasil, são registrados em várias ocasiões para essa espécie devido à sua forte coesão social.
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