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Gisele Silva, a mais nova potiguar com a ‘amarelinha’

Natural de Santo Antônio do Salto da Onça, atacante potiguar integra a seleção brasileira de futebol feminino sub-20 que disputa o sul-americano no Chile. Gisele segue os passos de outras craques potiguares

por: NOVO Notícias

Publicado 29 de abril de 2024 às 15:19

Foto: Reprodução

Força, habilidade, agilidade e inteligência. Características que fizeram a potiguar Gisele Silva, de apenas 16 anos, chamar a atenção nos gramados e ser convocada para a seleção brasileira de futebol feminino sub-20. Desde a convocação no dia 1º de abril, já foram seis jogos disputados vestindo a ‘amarelinha’ pelo Campeonato Sul-Americano sub 20, que renderam dois gols da atacante com a tão sonhada camisa, sendo o primeiro já no jogo de estreia no último dia 12 contra o Chile.

Natural de Santo Antônio do Salto da Onça, no Agreste Potiguar, a paixão de Gisele pelo futebol começou por volta dos cinco anos de idade, quando jogava sozinha com uma bolinha feita de sacolas e depois partiu para o futsal. A paixão virou coisa séria quando ela chegou, aos 14 anos, ao projeto social Salto da Onça, fundado pelo treinador Wenderson Dantas, e que acolhe crianças e adolescentes.

Com um talento nato e características de jogadora “grande”, o treinador confiou em Gisele e a levou para uma avaliação no Grêmio, em Porto Alegre (RS). “Observei muita força, velocidade, habilidade e inteligência para uma garota de pouca idade. Então, resolvemos levá-la para um teste no Grêmio e ela foi aprovada no primeiro dia de avaliação”, conta Wenderson, acrescentando que no último domingo (28) fez um ano que ela foi contratada pelo tricolor gaúcho.

No último dia 1º de abril, o resultado de tanto trabalho e esforço chegou. Gisele foi convocada para a seleção sub-20 e viu um grande sonho ser realizado. “Eu não esperava por isso naquele momento. Foi uma grande surpresa que me deixou muito feliz e emocionada”, afirma a jogadora.

Responsável por sua ‘descoberta’, pelo acolhimento no projeto Salto da Onça e por acreditar no potencial de Gisele, Wenderson conta como reagiu ao momento da convocação. “Palavras não são suficientes para descrever a emoção que senti no momento da convocação. Passou um filme pela minha cabeça. Lembrei das nossas conversas, treinamentos diários, motivações, discussões, afeto e sobre o fato de que sonhar, persistir em seu sonho, pode se tornar algo grande, maior do que imaginamos”, recordou. “Sempre acreditei no potencial dela e achei que ela iria muito longe porque além de talentosa, ela é muito esforçada e agarra as oportunidades que aparecem”, conclui o treinador.

Questionada sobre como se imagina daqui a 5, 10 anos, Gisele é enfática. “Jogando bem e em alto nível no meu clube e podendo ajudar a seleção em um título mundial”, conclui a promissora jogadora.

RN é celeiro de craques

O Rio Grande do Norte tem se mostrado um celeiro de talentos quando se trata de futebol feminino. Gisele é a terceira potiguar a trilhar um caminho de sucesso na seleção brasileira. Antes dela, Suzana, Antonia e Priscila já foram e são destaques nos gramados nacionais e internacionais.

Suzana Ferreira da Silva foi a primeira potiguar a disputar uma Copa do Mundo Feminina, em 1999, alcançando um honroso terceiro lugar. Em 2023, outra filha do Rio Grande do Norte representou o Brasil no mundial, a zagueira Antonia, natural de Riacho de Santana, interior do estado, cujo crescimento e evolução enchem de orgulho todos que acompanham sua carreira.
Em seguida, Priscila Flor da Silva, de apenas 19 anos, natural de São Gonçalo do Amarante, que já joga na seleção principal. A atacante é atleta profissional do Inter e foi a artilheira da Libertadores Feminina na última temporada. Priscila também brilhou como artilheira das Gurias Coloradas durante o Brasileirão e também ergueu a taça do Gauchão. Com a seleção brasileira, também foi artilheira e campeã da Conmebol Liga de Desenvolvimento Sub-19 no Uruguai, marcando nove gols.

Questionada sobre o exemplo que as jogadoras potiguares dão à sua carreira, Gisele diz que as têm como inspiração. “Ainda não as conheço pessoalmente, mas acompanho pelas redes sociais e, sim, me inspiro muito nelas. São grandes jogadoras, que estão brilhando nos seus clubes e na seleção brasileira”, enfatiza a jovem potiguar.

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