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Jean Paul questiona advogado parceiro de reverendo, que pediu à Justiça para ser reconhecido como ‘Superman brasileiro’

A CPI retomou os trabalhos na manhã desta terça-feira com o depoimento do reverendo Amilton Gomes de Paula, presidente da Senah

por: NOVO Notícias

Publicado 3 de agosto de 2021 às 17:28

Senador Jean Paul mostra foto de Aldebaran Luiz em seu celular – Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

 

Durante a sessão desta terça-feira, 3, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o senador Jean Paul Prates (PT) questionou a ligação do reverendo Amilton Gomes de Paul com um advogado do Paraná que alega, há pelo menos 36 anos, ter obtido o título de “Superman brasileiro”.

O parlamentar potiguar ao perguntar ao reverendo a respeito da ligação da sua organização, a Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (SENAH), com a United Nations Mission of International Relations (UNMIR), presidida por Aldebaran von Holleben, um advogado de Ponta Grossa, no Paraná, questionou se o reverendo considera o presidente da entidade privada “uma pessoa mentalmente sadia e sã”. E rememorou o fato de que Aldebaran luta, na justiça brasileira, para ser reconhecido como o “super-homem”.

O advogado de 47 anos alega uma “sincronicidade” entre fotos tiradas durante a infância – em que ele está com uma camisa do clube e o tênis do super-herói – e a morte do ator Christopher Reeve, que interpretou o personagem em 1978.

Conforme notificação, na imagem do ‘carrossel’ de fotos apresentadas, há uma caveira que simboliza o “renascimento” e tem relação com a morte de Reeve, além de poder fundamentar uma ficção que surge um novo herói.

Na segunda foto, tirada dentro de uma jaula de leão, a imagem dá destaque ao Flamengo e, de acordo com o advogado, foi a responsável pelo clube ter conquistado um título. A juíza responsável pelo caso, Erika Watanabe, negou o pedido de reconhecimento do advogado ligado à ONG, acusando-o de tumultuar a Justiça.

“O senhor conhece Aldebaran Luiz?”, perguntou Jean

“Não”, respondeu o reverendo.

“O reverendo usou a logo de Aldebaran no documento enviado para o Ministério da Saúde. “Parece brincadeira, mas esse cara diz ser o Superman brasileiro”, disse o senador.

“Nós estamos diante de falsários e estelionatários”, finaliza o parlamentar.

 

 

O reverendo disse que a UNMIR, assim como a SENAH, fariam parte de uma rede de ONGs coordenada pela ONU e voltadas ao trabalho humanitário – sem no entanto dar detalhes de como se dava esta organização, e se ela teria a autorização da ONU para utilização das suas marcas.

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