Cotidiano

Projetos atendem 24 animais encalhados no litoral potiguar em 17 dias

Foram encontradas 16 tartarugas e oito golfinhos entre os municípios de Caiçara do Norte e Baía Formosa

por: NOVO Notícias

Publicado 12 de janeiro de 2024 às 13:25

Tartaruga marinha sendo devolvida ao mar – Foto: Divulgação/Cetáceos

O Projeto Cetáceos da Costa Branca, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (PCCB-Uern), e o Centro de Estudos e Monitoramento Ambiental (Cemam) atenderam ao encalhe de 24 animais marinhos no litoral oriental do Rio Grande do Norte, entre 24 de dezembro de 2023 e 8 de janeiro de 2024.

A área em que foram encontrados os animais – 16 tartarugas marinhas e 8 golfinhos – se estende entre os municípios de Caiçara do Norte e Baía Formosa. Duas das tartarugas encontradas encalharam vivas, mas, devido ao grave estado de saúde em que se encontravam, foram a óbito posteriormente.

Conforme a bióloga do Cemam e do PCCB Raquel Marinho, é comum que no período de dezembro a janeiro haja um aumento na quantidade de encalhes de animais, uma vez que muitas espécies procurem água mais quentes, como é o caso do litoral do estado, durante seu período migratório.

De toda forma, ressalta a bióloga, os encalhes estão diretamente relacionados à interação entre o ambiente marinho e a ação humana. “A maior parte dos animais que atendemos na praia são acometidos pela ingestão de resíduos sólidos, como plástico ou nylon, ou ficam presos em redes de pesca, morrendo então afogados”, ilustra.

A presença de substâncias tóxicas encontradas em resíduos sólidos levados ao mar pode também causar danos ao sistema imunológico e reprodutivo de animais como tartarugas marinhas e golfinhos, comprometendo ainda mais sua capacidade de sobrevivência.

Segundo Raquel, ações simples que a população pode tomar, como recolher o próprio lixo e zelar pela limpeza da praia, têm forte impacto sobre o número de animais acometidos pelos resíduos que chegam ao mar.

“A questão da pesca é mais delicada, porque é uma atividade econômica muito importante, tanto na escala industrial quanto na subsistência, mas infelizmente a gente vê esse alto impacto da pesca na sobrevida desses animais”, comenta.

Orientações
De acordo com a bióloga, a principal recomendação para a população, caso encontre um animal marinho encalhado com vida, é acionar o quanto antes o Cemam ou o PCCB e buscar fazer sombra para os animais, utilizando itens como guarda-sóis, cangas ou lonas.

Já no caso em que os animais já estejam mortos, acrescenta, a orientação é acionar o Cemam ou o PCCB e evitar qualquer contato com o animal.

O Cemam e o PCCB-Uern podem ser contactados através dos telefones:

  • Natal e região: (84) 99943-0058
  • Areia Branca e região: (84) 98843-4621

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