Cotidiano

Amil é vendida por R$ 11 bilhões. O que acontece agora?

A transação, avaliada em R$ 11 bilhões, marca o maior negócio de fusão e aquisição realizado entre uma empresa e uma pessoa física no Brasil

por: NOVO Notícias

Publicado 24 de dezembro de 2023 às 10:04

Procurada, Amil confirmou que foi vendida por R$ 11 bilhões. Foto: Reprodução

Procurada, Amil confirmou que foi vendida por R$ 11 bilhões. Foto: Reprodução

A operadora de planos de saúde Amil, pertencente ao UnitedHealth Group, foi vendida por R$ 11 bilhões para o empresário José Seripieri Filho, fundador da Qualicorp. A transação marca o maior negócio de fusão e aquisição realizado entre uma empresa e uma pessoa física no Brasil.

As informações são do jornal Folha de São Paulo.

Detalhes financeiros revelam que Seripieri financiou R$ 2 bilhões do montante total através de empréstimos obtidos junto aos bancos Santander, Bradesco, BR Partners e BTG Pactual. A operação contou com a assessoria jurídica dos escritórios Bichara Advogados e Spinelli Advogados.

Este negócio surge após Seripieri Filho ter se desvinculado da Qualicorp em 2019, e ter fundado a QSaúde em 2020, focada em planos individuais de saúde. Mais recentemente, ele vendeu a carteira de beneficiários da QSaúde para o plano de saúde Alice.

Outros competidores, como o grupo Dasa, os fundos Advent e Coruja (liderados por Marcos Schettini), e a Alliança, do empresário Nelson Tanure, também estavam interessados na aquisição da Amil.

A Amil, ao ser procurada, não confirmou a transação, limitando-se a declarar que não comenta especulações de mercado. Por outro lado, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) ressaltou que aprovações regulatórias são necessárias para concretizar tal operação, mencionando que a venda da Amil já havia sido barrada pela agência em 2022.

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De acordo com o jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo a divisão de planos de saúde individuais da Amil, parte do United Health Group (UHG), enfrenta desafios financeiros significativos. Com aproximadamente 350 mil usuários, esta área foi central para o prejuízo de R$ 2 bilhões reportado pela empresa no último ano. Em 2021, a UHG buscou alienar esta divisão da Amil, considerada a mais problemática, porém sem sucesso.

Agora sob a liderança de José Seripieri Filho, conhecido como Junior, a estratégia para revitalizar esta parte do negócio é objeto de especulação no mercado. Contrariando as expectativas de mudanças legislativas, Junior indicou em uma recente conversa que seu foco será a gestão eficiente de um segmento específico de usuários. Segundo ele, 85% dos custos elevados (sinistralidade) dos planos individuais são gerados por apenas 3% a 5% dos segurados. A estratégia é, portanto, concentrar esforços nesse pequeno grupo para reduzir custos.

Além disso, Junior estabeleceu o objetivo de expandir a base de usuários dos planos de saúde da Amil, de 3 milhões para 5 milhões nos próximos três anos. Este número atualmente inclui clientes dos planos odontológicos da empresa.

 

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