A façanha dela veio com dois ótimos saltos, um de 15,166 e outro de 15,000, alcançando a média de 15,083. Sua principal adversária, Jade Carey, dos Estados Unidos, foi mal no primeiro salto e ficou fora da briga por medalha.
O pódio foi completado por Mykayla Skinner, dos Estados Unidos, que ficou com a prata com 14,916 de média, e a sul-coreana Seojeong Yeo, que ganhou o bronze ao fazer 14,733.
Esta é a sexta medalha da ginástica artística brasileira na história olímpica, a segunda de Rebeca. As outras quatro foram de homens: Arthur Zanetti nas argolas (ouro em Londres-2012 e prata na Rio-2016), e a dobradinha no solo dos Jogos do Rio com Diego Hypólito (prata) e Arthur Nory (bronze).
Aos 22 anos, Rebeca vai se firmando como a maior ginasta do País na atualidade e tem chance ainda de conquistar mais uma medalha no Japão, pois disputa nesta segunda, às 5h57, as finais do solo, quando vai apresentar seu “Baile de Favela”, que já teve ótima aceitação na fase classificatória e também na final do individual geral.
O sucesso poderia até ter chegado um pouco antes não fossem as lesões na carreira da atleta. Só para se ter uma ideia, ela já foi submetida a três cirurgias para reparar o ligamento cruzado anterior no joelho direito. “Eu cheguei a pensar em desistir, mas as pessoas sempre me incentivaram a continuar”, disse.
A história da ginasta de Guarulhos é de superação. A primeira delas é por se manter no esporte mesmo diante de todas as dificuldades na vida, como falta de dinheiro até para se locomover ao ginásio onde treinava. De família humilde, foi uma lutadora desde o começo, quando iniciou aos 4 anos na modalidade
Com força, talento e explosão, ela tem chamado atenção dos especialistas da modalidade e inclusive recebeu elogios da lenda Nadia Comaneci após ser prata no individual geral. Com a ausência de Simone Biles, que tem evitado competir para cuidar de sua saúde mental, Rebeca está nos holofotes da modalidade e já acumula dois pódios em Tóquio.
Outros resultados — Ainda neste domingo, na disputa do solo masculino, Artem Dolgopyat, de Israel, ficou com a medalha de ouro em uma disputa emocionante com o espanhol Rayderley Zapata. Ambos tiraram 14,933, mas o israelense levou a melhor no desempate. O bronze ficou com Ruoteng Xiao, da China.
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