Brasil

PF aceita delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro

Polícia Federal aceitou fechar um acordo de delação premiada com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

por: NOVO Notícias

Publicado 7 de setembro de 2023 às 15:04

Ainda não se sabe qual o foco da delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, mauro Cid. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Ainda não se sabe qual o foco da delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, mauro Cid. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

A Polícia Federal aceitou fechar um acordo de delação premiada com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação é da jornalista Andréia Sadi e foi publicada em seu blog há pouco.

O Ministério Público Federal (MPF) ainda precisa ser ouvido sobre quais as condições para o acordo ser firmado visando a delação de Mauro Cid. De acordo com a jornalista, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro deu depoimentos à Polícia Federal nos últimos 20 dias.

Mesmo que seja aceito o acordo com o MPF, a delação premiada — a exemplo do que aconteceu na operação Lava Jato — só será aceita após passar pelo Supremo Tribunal federal, onde precisa ser homologada.

Ainda não há informações sobre qual será o foco da delação de Mauro Cid, isso porque ele é investigado em mais de um caso. O último depoimento de Cid à Polícia federal aconteceu dia 28 de agosto.

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Alvo de diferentes investigações, o tenente-coronel está preso desde o início de maio, acusado de fraudar cartões de vacinação contra a covid-19 e inserir informações falsas nos sistemas do Ministério da Saúde, beneficiando seus parentes e o ex-presidente.

O novo depoimento ocorre no âmbito da apuração de ações do chamado Hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti, condenado a 20 anos de prisão por invadir o telefone celular do ex-juiz federal e hoje senador Sergio Moro (União Brasil – PR) e divulgar parte das mensagens que Moro trocou com autoridades, como o ex-coordenador da força-tarefa Lava Jato e atual deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR).

O hacker também é acusado de invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir, no Banco Nacional de Mandados de Prisão, falsos alvará de soltura e uma ordem de prisão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Ao depor à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), do Congresso Nacional, no último dia 17, Delgatti afirmou que invadiu o sistema do CNJ para desmoralizar o Poder Judiciário. O hacker disse ter agido a mando da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), de quem ele afirma ter recebido R$ 40 mil. Zambelli nega as acusações.

Delgatti também assegura que se reuniu com o ex-presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, para discutir a possibilidade de invadir as urnas eletrônicas, com o propósito de fraudar o código-fonte. Segundo o hacker, Mauro Cid teria presenciado sua conversa com o ex-presidente.

O ex-ajudante de ordens começou a depor à PF sobre as afirmações de Delgatti na última sexta-feira, mas a oitiva foi interrompida.

 

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