O projeto “Labirinto do Reduto” está com inscrições abertas para uma oficina gratuita, de 36 horas de duração, para as jovens da comunidade do Reduto, sendo 16 horas técnicas e 20 horas práticas, onde cada ponto costurado conecta passado e presente, celebrando a tradição única do bordado de labirinto. A ação tem o objetivo de ensinar a arte do bordado de labirinto – patrimônio cultural imaterial da comunidade- para jovens do Reduto, em São Miguel do Gostoso, contribuindo para aumentar a geração de renda para as mulheres moradoras da região.
Por meio do patrimônio cultural podemos conhecer a nossa história. Por exemplo: a arte, as tradições, os saberes das nossas mestras artesãs e ainda aspectos de nossa cultura que estão impressos no bordado no nosso labirinto.
“As figuras que bordamos traz a nossa história e conta sobre nosso lugar. Podem trazer as nossas plantas, o cacto, o caju, a aroeira, o juá, o coqueiro, a jangada, a rede de pesca, o remo, o peixe, as galinhas, o roçado e muitas outras característica do Reduto. Todos esses desenhos que representam a nossa comunidade, podem vir bordados no nosso labirinto”, destaca Robéria Menezes – artesã de labirinto e coordenadora do projeto.
No nosso projeto vamos incentivar a preservação da identidade do Reduto como faziam as labirinteiras há várias gerações, vamos preservar e valorizar esses elementos e manter viva a nossa cultura e a identidade do Reduto. Assim, quando o turista leva nosso labirinto, vai levar também um pouco de nossas tradições e ajudar a manter viva a nossa identidade. Envolver as jovens nesse trabalho é uma ação de preservação dos nossos valores. Quando ensinamos o labirinto para as jovens de nossa comunidade, nós estaremos também passando informações importantes sobre o patrimônio cultural do Reduto”, complementa.
Com o aumento da produção e das vendas do labirinto, e com a vinda de mais turistas para conhecerem as labirinteiras, a comunidade pode também explorar outras áreas da economia criativa, como a gastronomia que inclui a tapioca, o beiju, o peixe, a macaxeira, a batata doce, o camarão, a pimenta rosa, o mel de Seu Dadá, os sucos de frutas, entre outras, contribuindo ainda mais com a renda das famílias do Reduto.
Além disso o projeto pretende firmar parcerias com as pousadas e restaurantes de São Miguel do Gostoso, para que todos possam usar e valorizar o labirinto nas toalhas de mão, nos jogos americanos, nas toalhas de mesa e tantas outras utilidades que o labirinto pode proporcionar.
Ao final do curso o projeto realizará uma exposição com as peças produzidas pelas alunas e pelas labirinteiras, em data e local a ser divulgado posteriormente, para dar visibilidade ao trabalho realizado. A abertura da exposição contará com a participação especial de Valéria Oliveira que compôs a música Rosa de Aroeira em homenagem as mulheres do Reduto incluindo as labirinteiras. Essa música foi a trilha sonora do documentário Rosa de Aroeira de Mônica Mac Dowell que foi selecionado e premiado em diversos festivais no Brasil e no exterior divulgando o labirinto, assim como com a exposição fotográfica que usa o labirinto como moldura das fotografias.
Com a promoção da exposição e do filme, a comunidade tem tido procura de utilização do labirinto para diversas outras utilidades como a moldura de quadro, decoração de portas, decoração de prancha de surf, sacolas para embalagem de biquíni e outras.
As inscrições podem ser realizadas até o dia 25 de agosto, através do WhatsApp: (84) 99156-9370. A oficina será realizada entre os dias 12 de setembro e 10 de novembro, as terças e sextas-feiras, das 14h às 16h. O projeto Labirinto do Reduto tem o patrocínio do SEBRAE RN, através do Edital de Economia Criativa 2023.
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