Foto: Elisa Elsie
O custo médio dos produtos que compõe a cesta de Natal em 2022 é de R$ 471,05. Em 2021, os consumidores tiveram que desembolsar, na mesma cesta, R$ 397,94. De um ano para o outro, o custo em reais teve um aumento de R$ 73,11, que representa uma variação de 15,52%. Os números são da pesquisa de produtos natalinos feita pelo Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Natal), divulgada na manhã desta terça-feira (21). Ao todo, foram pesquisados, do dia 1º ao dia 15 de dezembro, 15 estabelecimentos comerciais da capital, como hipermercados e atacarejos.
Nos hipermercados, o custo médio da cesta de produtos natalinos é de R$ 503,68. Já nos atacarejos, os mesmos produtos estão custando R$ 400,45 – uma economia de R$ 103,23. No entanto, o Procon alerta que o consumidor deve estar atento e saber o que deseja comprar para a ceia de Natal, pois nos hipermercados há a variedade dos produtos; e nos atacarejos, os produtos são vendidos ao consumidor em quantidades.
Setenta e dois itens compõem a cesta de produtos natalinos. São eles: os frios, com queijo provolone e queijo do reino; as massas, com os panetones de chocolate, frutas e passas; as proteínas carnes e peixes, ave chester, ave fiesta, peru, pernil de porco, lombo de porco e o bacalhau; as bebidas destiladas e espumantes, vinho branco, vinho tinto, whisky e champagne; os doces, com chocolates e biscoito champagne; os óleos, com o azeite; as frutas secas, cristalizadas e em conservas.
A análise dos dados feita pelo Instituto aponta que, na categoria de frios, os queijos provolone e parmesão tiveram aumento de um ano para o outro de 23%. Em 2021, o custo médio do kg desse produto era de R$ 84,68. Esse ano, a pesquisa encontrou esse mesmo produto por, em média, R$ 109,98 – um aumento de R$ 25,30 em média no kg. Segundo o Procon, esse produto é encontrado com o menor preço nos atacarejos, onde o preço do quilo é, em média, de R$ 91,90. Nos hipermercados, o preço é de R$ 122,95 em média.
Com relação aos preços dos panetones, nos hipermercados o valor médio de 400g é R$ 16,68. Já nos atacarejos, o preço médio é de R$ 17,63. A tendência, segundo o Núcleo de pesquisa, é que haja redução de preço de uma semana para outra, uma vez que, diante da aproximação do fim do período de festas natalinas, os estabelecimentos comerciais fazem promoções do produto.
Em relação à categoria de carnes e peixes, que estão inclusos as aves, os peixes e a carne suína, o Procon afirma que existem algumas particularidades. É o caso do bacalhau do porto, encontrado apenas nos hipermercados. A pesquisa encontrou redução no preço médio desse produto, de uma semana para outra, de R$ 13,39. Na primeira semana do mês, o valor médio era de R$ 179,99; e na segunda semana, o produto foi encontrado por R$ 166,60 – uma redução de 8,04%.
Também foi identificada redução nos preços das aves, tanto nos hipermercados como nos atacarejos. No entanto, os melhores preços estavam nos atacarejos. Segundo os pesquisadores, a ave supreme da Sadia estava custando, em média, R$ 23,11 nos atacarejos durante as duas semanas. Já nos hipermercados, o preço médio nas duas semanas para o mesmo produto era de R$ 25,26.
Outra vantagem observada na pesquisa foi com relação a carne suína. Nos atacarejos, o preço médio do pernil de porco congelado Aurora foi de R$ 17,67 nas semanas pesquisadas. Já nos hipermercados, o preço médio desse produto era de R$ 26,46.
Essa categoria também se destacou com melhores preços entre um ano e outro. Em 2021, o lombo suíno Aurora custava R$ 24,39 em média. Já em 2022, o preço do produto está custando, em média, R$ 20,21 – uma economia de R$ 4,18 entre um ano e outro.
Com relação à categoria de bebidas, espumante, vinhos e destilados, a pesquisa considerou apenas os vinhos nacionais mais populares (brancos e tintos), espumantes nacionais e whiskys mais comuns. Esses itens foram observados com grande variedade nos hipermercados, mas os preços estão melhores nos aracarejos.
Na primeira semana do mês, o vinho tinto Marcus James foi encontrado ao preço de R$ 37,40. Na semana seguinte, a pesquisa encontrou uma redução de R$ 5,75. Ou seja, o produto passou a ser vendido a R$ 31,65. Nos atacarejos, não houve variação de preço entre uma semana e outra, mas o valor é bem menor: R$ 21,90.
Os vinhos brancos tiveram redução de um ano para o outro. Em 2021, o preço médio do produto era de R$ 20,89. Em 2022, ele foi encontrado com o preço médio de R$ 20,26. Esse foi o único produto da categoria que teve redução.
Comparando entre um ano e outro, teve aumento no espumante. No ano passado, o preço médio era de R$ 64,45. Esse ano, o preço médio é de R$ 71,53 – um aumento de R$ 7,07. O mesmo foi observado no vinho tinto e nos destilados, com varição de 26,06% e 7,08%
respectivamente. Os preços em 2021 eram de, em média, R$ 16,17 e R$ 58,93. Já em 2022, os preços encontrados em média foram de R$ 21,90 para o vinho tinto e de R$ 63,42 para os destilados.
As frutas em calda e secas são comercializadas em diversas frações nos estabelecimentos. Desta forma, os pesquisadores usaram o kg do item para os cálculos de comparação. Outra dificuldade no comparativo desses produtos entre os estabelecimentos, de acordo com o Procon Natal, é a diversidade de marcas encontradas, além da apresentação a granel. Por isso, o Instituto alerta que o consumidor deve estar atento na hora de fazer compras, pois um pacote com algumas gramas pode sair muito mais caro que a aquisição do produto a granel.
Essa categoria teve seu preço médio, no ano passado, de R$ 71,77. Esse ano, o preço médio é de R$ 87,36 – um aumento de R$ 15,59 entre um ano e outro. O custo médio desses produtos nos hipermercados nas duas semanas pesquisadas foi de R$ 91,47. Já nos
atacarejos, o preço médio é de R$ 81,56.
Na categoria de biscoito e chocolates, a variação entre a primeira e a segunda semana do mês foi negativa. Para os biscoitos champanhe, o preço médio da primeira semana foi de R$ 10,65. Na segunda, o preço médio encontrado foi de R$ 10,70.
Nos hipermercados, as caixas de chocolate foram encontradas com preço médio de R$ 12,05; e nos atacarejos, com o preço médio de R$ 11,01.
Fazendo a comparação entre o ano anterior e o atual, os preços são bem próximos, com uma diferença de R$ 1,53. Em 2021, o preço médio dessa categoria era de R$ 10,05. Já esse ano, os pesquisadores encontraram um preço médio para esses produtos de R$ 11,58.
Para a categoria de azeites, pela variedade encontrada desses produtos, a análise foi feita com os preços mais em conta. O Núcleo de pesquisa considerou para sua avaliação de preços o azeite extravirgem de 500 ml das marcas Gallo, Andorinha, Borges e Cocinero, por terem sido encontradas pelos pesquisadores na maioria dos estabelecimentos pesquisados.
O azeite extravirgem Gallo apresentou uma grande variação entre o menor e o maior preço nas duas semanas. Na primeira, foi encontrado com menor valor de R$ 23,50, enquanto que o maior valor foi de R$ 30,49. A média desse produto nos hipermercados nas duas semanas foi de R$ 28,04. Já nos atacarejos, a pesquisa encontrou um preço médio nas duas semanas pesquisadas de R$ 24,73.
Essa categoria acompanhou o aumento das demais de um ano para o outro. Em 2021, o produto era encontrado a um preço médio de R$ 24,55, e esse ano a R$ 26,30 – um aumento de R$ 1,75, representando uma varição de 6,66%.
Após avaliar os dados dos preços dos produtos da cesta natalina, o Procon Natal concluiu que, mais uma vez, para a maioria dos produtos, há grandes diferenças entre os preços praticados pelos diferentes estabelecimentos. Esse ano ficou de fora da pesquisa os supermercados de bairro, devido à quantidade de produtos que não tinha na cesta de natalina pesquisada.
A pesquisa revelou os atacarejos com os melhores preços dos produtos da cesta natalina, e os hipermercados com variedades de produtos que compõe a cesta.
