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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retirou de pauta o julgamento do deputado estadual eleito, Wendel Lagartixa, que começaria nesta sexta-feira (25). A decisão definiria se o ex-PM poderia tomar posse como deputado estadual em 2023. Com quase 90 mil votos, ele foi o candidato eleito com a maior votação do Rio Grande do Norte em 2022.
A candidatura de Wendel Lagartixa foi questionada na Justiça no início de outubro pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que apontou a condenação do bolsonarista por posse ilegal de acessórios e munições de uso restrito.
Em posse do deputado eleito foram encontrados: um colete e duas placas de colete balístico, duas munições de calibre .40, um cartucho calibre .12, 30 munições de calibre .380, três carregadores de calibre .380, e um carregador calibre .40, todos com prolongador. O arsenal corrobora para outras crimes dos quais Lagartixa é acusado: homicídio simples e homicídio qualificado.
Em 2013 Wendel Lagartixa foi preso na Operação Hecatombe, da Polícia Federal, acusado de participar de um grupo de extermínio. A soltura só veio porque o prazo de prisão preventiva extrapolou. Além disso, ele já esteve envolvido em outras investigações, como a Operação Fronteira, conduzida pela Polícia Civil.
De acordo com a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil (DHPP), Lagartixa pode ser integrante de um grupo de extermínio. Ele foi preso novamente no dia 20 de julho deste ano, suspeito de participação em um triplo homicídio ocorrido em 29 de abril, na Redinha. Na ocasião, mais três pessoas sofreram atentados.
Na época Wendel já era pré-candidato a deputado estadual, mas teve sua candidatura mantida e começou a campanha de dentro da prisão.
Com informações da Agência Saiba Mais.
