De acordo com livro, principal razão da derrota de Bolsonaro teria sido o excesso de bolsonarismo. Foto: Clauber Cleber Caetano/PR
De acordo com livro, principal razão da derrota de Bolsonaro teria sido o excesso de bolsonarismo. Foto: Clauber Cleber Caetano/PR
O ex-presidente Jair Bolsonaro perdeu a eleição presidencial de 2022 para Lula por uma margem pequena, de menos de dois pontos percentuais. E a principal razão teria sido o excesso de bolsonarismo, focando apenas nos eleitores mais fiéis. Em outras palavras, Bolsonaro “perdeu para ele mesmo” a eleição presidencial de 2022. Contudo, esse mesmo bolsonarismo que lhe custou votos se mantém uma potência para 2026.
Essa análise é apresentada no livro “Voto a Voto – Os Cinco Principais Motivos que Levaram Bolsonaro a Perder (por Pouco) a Eleição”, de Maria Carolina Trevisan e Maurício Moura. A obra detalha como a gestão da pandemia, a crise econômica, a resistência das mulheres e a presença de um forte candidato de oposição contribuíram para a derrota de Bolsonaro.
Em particular, sua má gestão da pandemia e a descontinuação do auxílio emergencial em 2021 foram fatores decisivos. Os autores destacam que Bolsonaro gastou muito tempo com temas irrelevantes, como voto impresso e cloroquina, em vez de focar na economia. As pesquisas já indicavam desde o início da campanha que Bolsonaro enfrentaria dificuldades, com mais de 50% dos eleitores achando que ele não merecia continuar na presidência.
Apesar da derrota, o bolsonarismo permanece forte, sustentado pelo antipetismo, valores conservadores e a eleição de diversos políticos com essa bandeira. Mesmo inelegível até 2030, Bolsonaro mantém um núcleo ativo de seguidores e continua influente no cenário político.
Segundo Trevisan e Moura, os potenciais sucessores do bolsonarismo incluem Tarcísio de Freitas, Romeu Zema e Michelle Bolsonaro. Se a eleição fosse hoje, o cenário seria semelhante ao de 2022, com um país dividido e uma vitória apertada de qualquer lado.
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