Zé Trovão saiu do Brasil antes do mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes por incitação a ato antidemocrático nas manifestações de 7 de setembro. Ele foi localizado pelos investigadores em um hotel na Cidade do México.
Pelas redes sociais, o líder caminhoneiro divulgou um vídeo em que diz que a embaixada do Brasil entrou em contato com a direção do hotel em que está hospedado e que esperar ser preso a qualquer momento.
“Em alguns momentos, eu devo ser preso. Eu não vou mais fugir, chega. Eu tô cansado disso, tá. Pra quem não sabe, eu estou no México e a embaixada brasileira acaba de entrar em contato com o hotel que eu estou. Então em alguns momentos, provavelmente, a polícia vem aqui me recolher e vai me levar preso”, disse.
Duvidou de áudio de Bolsonaro
Mesmo com mandado de prisão, Zé Trovão continuou divulgando vídeos contra os ministros do STF (Superior Tribunal Federal). Na noite da quarta-feira, 8, ele publicou uma mensagem em que questiona a veracidade do áudio do presidente da República, Jair Bolsonaro, pedindo o fim dos bloqueios nas estradas pelo País. Zé Trovão publicou o vídeo mesmo depois de o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, já ter confirmado a autenticidade da gravação.
“Presidente, nós queremos que o senhor fale para o povo brasileiro isso, que o senhor faça um vídeo, fale a data, fale o dia, e que o senhor peça para nós caminhoneiros abrir, porque aí, sim, nós faremos vídeos para liberar as pistas”, apela Zé Trovão em vídeo nas redes sociais. “Sem isso, eu não vou fazer.”
Segundo ele, o áudio divulgado na noite de quarta pode ser antigo e, portanto, não é totalmente confiável. Na quarta, quando os bloqueios aumentaram nas rodovias, Bolsonaro gravou esse áudio para pedir que os manifestantes desobstruíssem as vias e, diante da desconfiança dos apoiadores sobre o pedido do presidente, Tarcísio divulgou um vídeo para confirmar o áudio do presidente. Na oportunidade, o próprio ministro reforçou o pedido de Bolsonaro.
O caminhoneiro sugere que o presidente apoie a classe trabalhadora, como retribuição ao suporte dado ao chefe do Executivo.
Na manhã desta quinta, conforme mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o pedido feito pelo presidente para que seus apoiadores liberassem as estradas gerou mal-estar em parte de sua base aliada. Os grupos que agora criticam o presidente ajudaram na mobilização para os atos do 7 de setembro a favor de Bolsonaro.
“Sempre apoiamos o senhor, estou na rua, estou lutando junto com o povo brasileiro pelo seu governo, pelo senhor, pelo nosso país, pela nossa democracia”, pontua o caminhoneiro. “Então, presidente, veja bem tudo o que não só, na minha vida, a gente precisa resolver isso”.
Zé Trovão ainda cita que sua vida está “destruída” depois que começou a atuar mais ativamente no movimento a favor de Bolsonaro.
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