Política

Volta de Bolsonaro é ofuscada por arcabouço fiscal de Lula, mostra pesquisa

Retorno de Bolsonaro ao Brasil após três meses nos EUA gerou mais menções negativas que positivas nas redes. É o que aponta levantamento do monitor Genial/Quaest.

por: NOVO Notícias

Publicado 31 de março de 2023 às 15:11

Pesquisa mostra que arcabouço de Lula venceu volta de Bolsonaro. Foto: Fabio Pozzebom/ Agência Brasil

Pesquisa mostra que arcabouço de Lula venceu volta de Bolsonaro, obtendo muito mais interações. Foto: Fabio Pozzebom/ Agência Brasil

A divulgação do arcabouço fiscal pelo governo Lula obteve 10 mil mais menções que a volta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Brasil. Os dados são de pesquisa da empresa Quaest. Além de ter alcançado um número menor de menções que o governo Lula, a chegada de Bolsonaro no País também atingiu um patamar menor do que outros episódios de grande repercussão envolvendo o ex-presidente.

Segundo o levantamento, no dia 7 de setembro de 2022, ele mobilizou quase 680 mil menções, sendo 45% delas positivas. Na sua ida aos Estados Unidos, as citações chegaram a 520 mil, com 40% positivas. A pesquisa então conclui que Bolsonaro tem perdido protagonismo nas redes sociais ao mesmo tempo em que a comparação entre os eventos mostra um cenário de perda de volume de publicações sobre o ex-presidente.

Na quinta-feira (30) o cenário político esperado na quinta-feira (30), era o da polarização de narrativas: de um lado, o retorno de Jair Bolsonaro (PL) após uma temporada de três meses nos Estados Unidos; e do outro, a tentativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ofuscar o rival ao fazer a primeira aparição pública após diagnóstico de pneumonia. De acordo com a pesquisa Quaest, o lado do Governo levou a melhor.

O Diretor da Quaest  e professor da UFMG, Felipe Nunes, fez uma série de postagens no twitter falando sobre a pesquisa, acompanhe:

A volta de Bolsonaro que alcançou aproximadamente 483 mil citações, sendo que a maior parte delas (44%) foram negativas, um total de 213 mil. O ex-presidente retornou ao País com um discurso de líder da oposição, embora tenha contado com uma recepção aquém das expectativas no aeroporto de Brasília. Pouco tempo após desembarcar, ele criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao afirmar que os petistas “não vão fazer o que bem querem com o destino da nossa Nação”.

Lula escalou o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), para comentar o retorno do ex-presidente. Segundo Padilha, a recepção montada por apoiadores de Bolsonaro “flopou”, termo comumente utilizado nas redes sociais para se referir a eventos frustrantes ou que não atingiram as expectativas.

A outra – e principal – cartada do governo foi usar o mesmo dia de retorno do ex-presidente para apresentar a proposta do governo de nova âncora fiscal para substituir o teto de gastos, que desde 2017 atrela o crescimento das despesas à inflação. A expectativa dessa nova medida era aguarda com grande expectativa pelo mercado.

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