A divulgação do arcabouço fiscal pelo governo Lula obteve 10 mil mais menções que a volta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Brasil. Os dados são de pesquisa da empresa Quaest. Além de ter alcançado um número menor de menções que o governo Lula, a chegada de Bolsonaro no País também atingiu um patamar menor do que outros episódios de grande repercussão envolvendo o ex-presidente.
Segundo o levantamento, no dia 7 de setembro de 2022, ele mobilizou quase 680 mil menções, sendo 45% delas positivas. Na sua ida aos Estados Unidos, as citações chegaram a 520 mil, com 40% positivas. A pesquisa então conclui que Bolsonaro tem perdido protagonismo nas redes sociais ao mesmo tempo em que a comparação entre os eventos mostra um cenário de perda de volume de publicações sobre o ex-presidente.
Na quinta-feira (30) o cenário político esperado na quinta-feira (30), era o da polarização de narrativas: de um lado, o retorno de Jair Bolsonaro (PL) após uma temporada de três meses nos Estados Unidos; e do outro, a tentativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ofuscar o rival ao fazer a primeira aparição pública após diagnóstico de pneumonia. De acordo com a pesquisa Quaest, o lado do Governo levou a melhor.
O Diretor da Quaest e professor da UFMG, Felipe Nunes, fez uma série de postagens no twitter falando sobre a pesquisa, acompanhe:
1/ Quem ganhou a narrativa no dia 30 de março? Bolsonaro, com a volta ao Brasil; ou o governo Lula, com a nova regra fiscal? Nas redes, Bolsonaro liderou as conversas nas redes até as 10h. Depois, só deu regra fiscal e o ministro Haddad. Vitoria da comunicação do governo! pic.twitter.com/FrRd8TRZ17
— Felipe Nunes (@felipnunes) March 31, 2023
A volta de Bolsonaro que alcançou aproximadamente 483 mil citações, sendo que a maior parte delas (44%) foram negativas, um total de 213 mil. O ex-presidente retornou ao País com um discurso de líder da oposição, embora tenha contado com uma recepção aquém das expectativas no aeroporto de Brasília. Pouco tempo após desembarcar, ele criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao afirmar que os petistas “não vão fazer o que bem querem com o destino da nossa Nação”.
Lula escalou o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), para comentar o retorno do ex-presidente. Segundo Padilha, a recepção montada por apoiadores de Bolsonaro “flopou”, termo comumente utilizado nas redes sociais para se referir a eventos frustrantes ou que não atingiram as expectativas.
A outra – e principal – cartada do governo foi usar o mesmo dia de retorno do ex-presidente para apresentar a proposta do governo de nova âncora fiscal para substituir o teto de gastos, que desde 2017 atrela o crescimento das despesas à inflação. A expectativa dessa nova medida era aguarda com grande expectativa pelo mercado.
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